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Moraes homologa acordo de delação e manda soltar Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro

Moraes homologa acordo de delação e manda soltar Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro

Militar estava detido desde maio no Distrito Federal; Aras critica iniciativa em rede social

Publicado em 9 de setembro de 2023 às 13:16

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JULIA CHAIB E CONSTANÇA REZENDE

BRASÍLIA – O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), homologou neste sábado (9) o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Com a decisão, Cid será solto, mas terá de usar tornozeleira eletrônica. A informação foi revelada pela GloboNews e confirmada pela Folha.

O teor dos relatos e provas que o militar pretende apresentar em seu acordo permanece sob sigilo.

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, com o ex-presidente Jair Bolsonar
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, com o ex-presidente Jair Bolsonar. (Alan dos Santos/Presidência)

Em publicação em rede social, o procurador-geral, Augusto Aras, afirmou neste sábado que a Procuradoria-Geral da República não concorda com acordos de colaboração firmados pela Polícia Federal, como foi o caso do fechado pelo militar.

"A PGR, portanto, não aceita delações conduzidas pela Polícia Federal, como aquelas de Antonio Palocci e de Sergio Cabral, por exemplo."

Aras ainda afirmou que o subprocurador-geral da República que se manifestou na delação de Mauro Cid apenas postula "que se cumpra a lei". O Supremo, no entanto, desde 2018 considera que as polícias têm autonomia para firmar os acordos de colaboração.

Moraes recebeu em seu gabinete uma proposta de delação premiada feita pelo tenente-coronel, em audiência na quarta-feira (6) com a presença do próprio Cid e de seu advogado, Cezar Bittencourt.

Preso há mais de quatro meses no Batalhão do Exército de Brasília, Cid era um dos assistentes mais próximos de Bolsonaro e adotou postura de maior cooperação com autoridades policiais após mudar de advogado, em agosto.

Em julho, ele compareceu a CPI do Congresso sobre o 8 de janeiro e ficou em silêncio, lendo apenas uma manifestação na qual minimizou a importância de sua função na Presidência na antiga gestão.

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