O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes vai consultar a PGR (Procuradoria-Geral da República) antes de decidir o destino do inquérito que investiga a participação do ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles em um esquema de exportação ilegal de madeira.
Salles, em tese, perdeu o foro privilegiado depois que deixou o cargo e seu caso deveria ser enviado a um juiz de primeira instância.
Ainda não é certo, no entanto, que o caso dele sairá do STF.
Alexandre de Moraes precisa ainda definir qual seria o foro adequado para que as investigações prossigam. Ele ainda vai avaliar se existe algum elo que justifique a permanência do caso em seu gabinete.
Caso contrário, será preciso avaliar se o destino do caso será o Amazonas, onde estava a madeira exportada, ou Brasília, onde o ministro despachava.
O pedido de demissão de Ricardo Salles, na quarta (23), foi entendido por políticos e magistrados como uma tentativa de deslocar a competência do caso, retirando-o da alçada de Alexandre de Moraes.
O ministro tem sido rigoroso na condução das investigações, autorizando operações de busca e apreensão em endereços de Salles e até mesmo enviando o celular dele aos EUA para a quebra da senha de acesso às informações do aparelho.
Salles entregou o telefone à Polícia Federal (PF), mas não revelou a senha, dificultando as investigações.
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