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Moraes vota para tornar Bolsonaro e sete aliados réus por tentativa de golpe

Moraes vota para tornar Bolsonaro e sete aliados réus por tentativa de golpe

"Não foi passeio no parque", diz ministro do STF, sobre ataques de 8 de janeiro, durante voto sobre a denúncia contra o ex-presidente; acompanhe votos dos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin

Publicado em 26 de março de 2025 às 12:03

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O ministro Alexandre de Moraes votou, nesta quarta-feira (26), para a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) receber a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) e tornar réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados do núcleo central da trama golpista de 2022.

O ministro afirmou ver materialidade e "indícios razoáveis" na acusação da PGR de que Bolsonaro liderou uma trama golpista após sua derrota para Lula (PT) em 2022, e que a denúncia detalhou a participação do ex-presidente em atos irregulares. Destacou que,  apesar de a defesa de Bolsonaro apontar que não há indícios de que houve intenção de prática de crimes pelo ex-presidente, "os autos mostram o contrário".

Faltam os votos dos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Se a maioria seguir Moraes, Bolsonaro e seus aliados passam a ser processados em uma ação penal por cinco crimes ligados à tentativa de golpe de Estado.

Durante seu voto, Moraes disse que os ataques de 8 de janeiro “não foram um passeio no parque”, sendo que naquela data houve “uma verdadeira guerra campal” em torno das sedes dos Três Poderes da República.

Moraes trouxe um vídeo com imagens da depredação dos prédios públicos e da violência registrada naquele dia. “É importante lembrar que tivemos uma tentativa de golpe de Estado violentíssima”, disse ele. “Uma violência selvagem, com pedido de intervenção militar”, acrescentou.

“Essas imagens, penso que não deixam nenhuma dúvida da materialidade dos delitos praticados na forma narrada pela Procuradoria-Geral da República”, disse o ministro.

O procurador-geral, Paulo Gonet, denunciou no mês passado Bolsonaro e mais 33 pessoas pelos crimes de golpe de Estado e tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito, bem como de dano qualificado pelo emprego de violência e grave ameaça, depredação de patrimônio tombado e organização criminosa armada.

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