O ex-presidente da Câmara dos Deputados Severino Cavalcanti (PP), 89, morreu na madrugada desta quarta-feira (15) em sua casa no Recife. De acordo com familiares, ele tinha problemas cardíacos. O político morreu enquanto dormia.
"Foi uma morte muito tranquila. Estava dormindo. Ele tinha problemas cardíacos, usava marcapasso e sentia dores nos ossos", afirmou José Maurício Cavalcanti, um dos três filhos do político e que exerce o cargo de secretário-executivo da Casa Civil no governo Paulo Câmara (PSB).
No último dia 10, recebeu familiares em casa para comemorar 64 anos de casamento. "Fomos para lá, todos de máscara e sem chegar muito perto. Ele estava bem", diz o filho.
Cavalcanti tem uma longa trajetória política por Pernambuco. Pelos extintos PFL e PPB, foi deputado federal por três mandatos.
Representante do chamado baixo clero em 2005, surpreendeu o candidato do governo Lula à presidência da Câmara, Luiz Eduardo Greenhalgh, e venceu a disputa.
Mas sua gestão durou pouco. Em setembro de 2005, foi acusado por Sebastião Buani, dono de um restaurante na Câmara, de receber R$ 10 mil reais por mês para que o estabelecimento pudesse funcionar.
O episódio ficou conhecido como "mensalinho". Em 21 de setembro, diante das denúncias, renunciou ao mandato de deputado federal e deixou a presidência da Câmara.
Em 2006, Severino tentou voltar ao mandato, mas foi derrotado nas urnas. Dois anos depois, foi eleito novamente prefeito de João Alfredo, no interior de Pernambuco, sua cidade natal.
Severino Cavalcanti também foi deputado estadual por sete legislaturas. O sepultamento do corpo acontece na tarde desta quarta-feira (15), em João Alfredo. Não haverá velório para evitar aglomerações na cidade. O político deixa a esposa, três filhos, seis netos e dois bisnetos.
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