SÃO PAULO - O jornalista, empresário e ex-ministro do Trabalho João Mellão Neto morreu na madrugada de sexta-feira (24) em São Paulo aos 64 anos. Pai do atual deputado estadual Ricardo Mellão (Novo - SP), João teve complicações em seu quadro de saúde e sofreu um infarto, segundo a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
De acordo com o CPDOC (Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil) da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Mellão Neto começou sua carreira política na Juventude Janista e combateu grupos de esquerda no movimento estudantil.
Cursou a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV) e jornalismo na Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Trabalhou como articulista do jornal O Estado de S. Paulo e comentarista de economia e política na TV Record e na Rádio Jovem Pan.
Em 1986, foi nomeado secretário da Coordenação Governamental e chefe da Assessoria Especial do então prefeito de São Paulo, Jânio Quadros.
No ano seguinte, filiou-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), no qual permaneceu até 1988, quando se transferiu para o Partido Liberal (PL). Nesse período, coordenou a reforma administrativa da Prefeitura de São Paulo. Em novembro de 1988 candidatou-se a prefeito, mas não foi eleito.
Mellão Neto foi eleito deputado federal em 1990 e tornou-se ministro do Trabalho em 1992, no governo do presidente Fernando Collor. Com a aprovação pela Câmara dos Deputados da abertura do processo de impeachment contra Collor, Mellão reassumiu seu mandato de deputado federal no início de outubro.
Também atuou na prefeitura paulistana durante a gestão de Paulo Maluf, nas pastas da Coordenação Governamental e da Habitação, e chefiou a Secretaria da Comunicação do ex-governador Geraldo Alckmin a partir de 2004.
Entre seus livros publicados estão "Nu com a mão no bolso -- Brasil: uma visão liberal" (1989), "O pensamento liberal moderno" (1990), "Uma visão liberal do Brasil" (1994) e "O que enriquece e o que empobrece uma nação (2004). Ele deixa mulher, três filhos e três netos.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta