O vice-presidente Hamilton Mourão comparou nesta sexta-feira (18) a perseguição a Lázaro Barbosa de Sousa, 32, acusado de assassinar brutalmente uma família no Distrito Federal, com a busca de um leão na selva.
"Igual buscar leão na selva. Vai batendo o mato. É uma operação demorada, não é simples", declarou o vice-presidente a jornalistas.
A operação para encontrar o "serial killer do DF", como o foragido ficou conhecido, entrou no 10º dia nesta sexta-feira (18).
A busca mobiliza centenas de agentes de segurança de Goiás e da capital do país. O Ministério da Justiça enviou um grupo de 20 integrantes da Força Nacional para ajudar no trabalho.
"Não é simples você achar uma pessoa. É uma área larga, então primeiro você tem que isolar, e depois vai dividindo por quadrante e vai vasculhando quadrante por quadrante até achar o cara", disse Mourão.
Mourão disse que os agentes de segurança não podem ser criticados pela demora em encontrar Sousa. "É uma pessoa só. Se fossem mais, seria mais rápido. O cara se mete em cima de árvore vai pra baixo de tronco", disse o vice-presidente.
Segundo as autoridades, Sousa é experiente em se movimentar em uma região de muitas chácaras e de mata e, por isso, vem conseguindo furar o cerco policial.
"Ele conhece muito bem a área", disse o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda. "É mateiro e está fazendo esforço enorme para se esconder e fugir da polícia."
"Uma operação de vasculhamento é isso aí, você tem que ir apertando até chegar no ponto que o cara está", afirmou Mourão.
O presidente Jair Bolsonaro usou nesta quinta-feira (17) o caso de Sousa para defender a flexibilização do porte e da posse de armas de fogo. Para o mandatário, "arma é vida".
"Tem um maníaco aqui na região de Distrito Federal, Goiás, cometendo barbaridade aí. Matando gente, estuprando. [...] Este elemento aqui tentou aí entrar numa residência numa chácara e foi repelido porque o cara tinha uma [arma] calibre 12 lá dentro", afirmou o presidente.
Na semana passada, Sousa invadiu uma chácara em Ceilândia (DF), possivelmente para roubar, segundo apontam as investigações, e matou um casal e dois filhos.
Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, Gustavo Vidal, 21, e Carlos Eduardo Vidal, 15, foram assassinados no local. Os corpos estavam sob folhas para que não fossem vistos pelas buscas aéreas da polícia.
Cleonice Andrade, 43, foi levada como refém e seu corpo foi localizado três dias depois às margens de um córrego, sem roupas. De acordo com a polícia, a vítima foi executada com tiro na nuca.
Desde então, relatos apontam que ele invadiu outras propriedades no DF e em Goiás, trocou tiros com um funcionário de uma fazenda, roubou armas e veículos e obrigou um caseiro a cozinhar e fumar maconha com ele.
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