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Mourão elogia delegado que criticou Ricardo Salles

Mourão elogia delegado que criticou Ricardo Salles

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Alexandre Saraiva disse que na PF não vai "passar boiada"

Publicado em 5 de abril de 2021 às 20:23- Atualizado há 4 anos

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Vice-presidente da República, Hamilton Mourão
Vice-presidente da República, Hamilton Mourão. (Foto: Romério Cunha/VPR)

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) elogiou nesta segunda (5) Alexandre Saraiva, chefe da Polícia Federal do Amazonas, que está em atrito com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por causa da maior apreensão de madeira da história, realizada no Pará.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Saraiva disse que na PF não vai passar boiada, em referência à frase dita por Salles em uma reunião ministerial em abril do ano passado, ao falar da mudança de normas ambientais aproveitando-se do foco da sociedade na pandemia de Covid-19.

"Precisa haver um esforço nosso aqui, enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de Covid, e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas", disse ele, como registrado em vídeo.

Salles foi ao Pará na semana passada fazer uma espécie de verificação da investigação e disse que viu erros na ação da polícia. O delegado, por outro lado, afirma que as madeireiras não entregaram os documentos requisitados e que todo o material apreendido é produto de crime.

"Saraiva é um grande batalhador contra as ilegalidades, principalmente a questão da madeira", disse Mourão.

"Hoje a gente tem um imbróglio ali no Pará, já os recebi três vezes aqui. A questão está clara, precisa apresentar a documentação correta, é só isso aí", completou.

Auxiliares do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se disseram surpresos com as declarações do delegado e afirmaram que uma eventual saída de Salles do comando do Meio Ambiente não está em discussão.

Parlamentares pressionavam pela demissão do ministro, mas o clima arrefeceu depois que o então chanceler Ernesto Araújo perdeu o posto nas trocas feitas na última semana.

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