O vice-presidente Hamilton Mourão indicou nesta terça-feira (13), que é contra a inclusão do Pantanal no âmbito do Conselho Nacional de Amazônia. Em razão do aumento do número de incêndios registrados neste ano, parlamentares articulam para que o Pantanal também faça parte do guarda-chuva da iniciativa coordenada por Mourão. Para ele, entretanto, a preservação do bioma deve ser competência do Ministério do Meio Ambiente "porque é uma questão de preservação ambiental".
Mourão, contudo, destacou que cumprirá a decisão que for tomada quanto a inclusão ou não do bioma no Conselho. "A Amazônia é Amazônia, o Pantanal é o Pantanal, mas tudo depende das decisões que forem tomadas. A gente cumpre a decisão que for tomada", disse hoje, na chegada à vice-presidência.
Na visão do vice-presidente, os dois biomas brasileiros são distintos. Segundo ele, o debate relacionado à Amazônia inclui ações de desenvolvimento para a região. "Eu acho que a questão do Pantanal é uma questão que, em termos de tamanho, é mais simples do que a Amazônia. É mais uma questão ligada à preservação. A Amazônia tem outras questões, principalmente de desenvolvimento. São duas áreas bem distintas", afirmou.
Hoje o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, participa de audiência pública no âmbito da Comissão Temporária do Pantanal, que acompanha os incêndios na região. O ministro deve prestar esclarecimentos sobre as queimadas recordes registradas neste ano e que já superam em 82% o total de focos observados ao longo de todo o ano passado no bioma, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Durante a audiência, os senadores também devem intensificar as discussões sobre a inclusão do Pantanal, até 2025, nas atribuições do Conselho liderado por Mourão. A indicação foi aprovada oficialmente no colegiado na semana passada e também passará pela análise do Plenário do Senado. O Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, mostrou ainda que a comissão planeja apresentar o pedido de inclusão do bioma pessoalmente ao presidente Jair Bolsonaro nas próximas semanas.
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