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MPF pede que Wajngarten responda por improbidade por campanha

MPF pede que Wajngarten responda por improbidade por campanha

O pedido vai agora para análise da Procuradoria da República do Distrito Federal.

Publicado em 30 de março de 2020 às 21:02

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 A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) do Ministério Público Federal e o Ministério Público de Contas de São Paulo solicitam que o secretário especial de Comunicação Social do governo Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, responda na Justiça por atos de improbidade administrativa.

Fabio Wajngarten, secretário especial de Comunicação Social (Secom) da Secretaria de Governo da Presidência
Fabio Wajngarten, secretário especial de Comunicação Social, pode ser responsabilizado por campanha que contraria a Organização Mundial de Saúde. (Marcelo Camargo/Agência Brasil )

O pedido vai agora para análise da Procuradoria da República do Distrito Federal.

O motivo da ação é a veiculação da campanha "O Brasil não pode parar", do governo federal, que estimula as pessoas a voltarem a trabalhar e a circular nas ruas, o que é expressamente desencorajado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e pelas autoridades sanitárias brasileiras em meio à pandemia do novo coronavírus.

Segundo a ação proposta pela Procuradoria, a propaganda deslegitima medidas de preservação da vida e da integridade física dos brasileiros ao incentivar movimento contrário ao isolamento social como forma de conter a crise.

Na visão dos procuradores, a campanha colocou em risco os brasileiros que a assistiram e gerou desconforto para os governadores que têm defendido a política de isolamento da população. Na esteira da propaganda, argumenta o documento, diversos protestos contra as medidas de isolamento foram convocados no país.

Em meio à crise do coronavírus, a pasta de Wajngarten contratou, por R$ 4,8 milhões e sem licitação, uma nova agência de comunicação para tocar as mídias sociais do governo.

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