"Envio esta carta como quem lança uma garrafa ao mar". Há 10 anos, o arquiteto suíço Raymond Widmer, 84, resolveu encontrar uma namorada da adolescência. "Ele buscou meu nome na embaixada brasileira na Suíça, encontrou o endereço da minha clínica em uma lista telefônica e me escreveu sem saber onde essa ideia ia dar", diz a terapeuta Mary Porto, 83, que hoje vive em São Paulo, com Raymond.
Mary e Raymond se conheceram em 1958, em Lausanne, na Suíça, onde ela estudou artes e ele, arquitetura. Depois de um semestre, a carioca precisou voltar para o Rio de Janeiro e terminou o namoro por correspondência. "Ele ficou ofendidíssimo, mas a distância era difícil. Muitas das minhas cartas sequer chegaram lá".
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