O presidente Jair Bolsonaro evitou criticar nesta terça (28) a possibilidade em análise pelo presidente americano, Donald Trump, de restringir voos do Brasil aos Estados Unidos.
"Eu não concordo com nada nem discordo. O que ele [Trump] achar que tem que fazer no país dele, ele faz", disse Bolsonaro na porta do Palácio da Alvorada.
O americano afirmou nesta terça (28) que o Brasil está enfrentando um "grande surto" de coronavírus e voltou a dizer que seu governo estuda criar restrições de voos ao país. Trump disse que provavelmente vai impor medidas para obrigar turistas brasileiros a passarem por testes rápidos de detecção de Covid-19 e a terem suas temperaturas medidas antes de embarcarem em direção ao território americano.
O presidente dos EUA também deixou claro que ainda estuda exatamente quais serão as regras e que uma das opções é banir completamente a entrada de aeronaves comerciais provenientes do Brasil, como já fez com a China e com a Europa. Isso, porém, poderia afetar a indústria do turismo, especialmente na Flórida, afirmou ele.
"Olha, rapaz, ele fala sobre o que teu país [o dele] deve fazer, eu falo o que o meu país deve fazer", afirmou Bolsonaro sobre as declarações do presidente dos EUA.
Trump já tinha levantado a possibilidade de restringir voos brasileiros no final de março, mas acabou não impondo nenhuma medida.
As declarações do americano foram feitas durante um encontro entre o presidente e o governador da Flórida, o também republicano Ron DeSantis, na Casa Branca.
Durante a entrevista coletiva, DeSantis foi questionado se estava preocupado com a situação de disseminação do coronavírus na América Latina, já que muitos moradores da região costumam viajar para a Flórida.
O governador disse que estava atento ao problema e afirmou esperar ver em breve um aumento no número de casos no Brasil. Na sequência, sugeriu a Trump obrigar viajantes da região a realizarem testes antes de embarcarem para os EUA.
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