O empresário bolsonarista Luciano Hang declarou que apesar de seu apoio ao governo de Jair Bolsonaro (sem partido) ele não é "chapa branca para dizer amém para tudo que o governo Bolsonaro faz".
"Todas às vezes que o Bolsonaro quer fazer alguma reforma, eu me posiciono. E também sou contra. Por exemplo, desde 2019 eu bato que o Bolsonaro está errando no horário de verão. (...) Já me manifestei várias vezes, e não sou chapa branca para dizer amém para tudo que o governo Bolsonaro faz", disse o empresário ao site da Jovem Pan.
Apesar de se colocar como crítico de ações do governo, Hang afirmou que desde que assumiu o cargo no Palácio do Planalto "Bolsonaro tentou empenhar todo o seu esforço e da sua equipe para fazer as mudanças que o Brasil precisa". E completou: "mas somos sempre atropelados por algum burocrata ou parlamentar".
Para o empresário, que diz querer "reformas, privatizações, menos burocracia, menos ecochatos", o momento é de tentar dialogar mais com o Congresso Nacional para "aprovar aquilo que precisamos".
"Eu prego a harmonia, a paz e que o Brasil precisa conversar mais. Um líder precisa abraçar mais; se precisar sentar no colo, tem que sentar; se precisar beijar na boca, tem que beijar. O importante é fazer as coisas acontecerem dentro da política e dentro do certo. Precisamos passar o país a limpo, o país precisa de mais transparência e ser mais sincero na hora de falar."
Dizendo que não entende o porquê lhe deram o registro de "empresário bolsonarista", Hang disse que irá escolher seu candidato ao Palácio do Planalto apenas no ano que vem. Ao ser questionado sobre uma possível candidatura de Sergio Moro (Podemos) ao Planalto, o empresário se limitou a dizer que o ex-juiz fez "um grande trabalho no Brasil" com a Operação Lava Jato.
Hang afirmou que está "pensando" se vai se candidatar a algum cargo nas eleições de 2022, mas explicou que não sabe ainda "em qual partido, nem em que cargo" disputaria.
"Fui convidado para, de repente, ser alguma coisa, mas vou esperar. Tenho até abril do ano que vem, vou fazer consultas aos meus amigos que estão na política e foram para lá para melhorar o país. Estou pensando, antes eu nem pensava. Não quer dizer que eu vou ser, posso continuar como ativista ou, de repente, posso colocar meu nome à disposição dos brasileiros."
O empresário teve o nome colocado no relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid com o pedido de indiciamento por incitação ao crime após suspeitas de disseminação de fake news por parte de Hang.
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