O fotógrafo Pedro Oswaldo Cruz, neto do médico sanitarista e cientista Oswaldo Cruz, morreu neste sábado (6) por complicações da Covid-19. Ele tinha 79 anos e morava no Rio de Janeiro.
A informação foi confirmada em uma rede social pela cunhada de Pedro, a socióloga e curadora Vanda Klabin.
Ele havia sido internado no Hospital Silvestre, no Rio, no dia 14 de maio com sintomas do novo coronavírus. Foi intubado, mas acabou não resistindo à doença e morreu na manhã deste sábado. O corpo do fotógrafo deve ser enterrado nesta segunda-feira no Cemitério São João Batista.
A mulher de Pedro, Christina Mangia, 74, também contraiu o novo coronavírus e chegou a ser internada no Hospital Silvestre. Ela recuperou-se da doença, teve alta e voltou para casa.
Pedro Oswaldo Cruz teve uma trajetória como fotógrafo e ficou conhecido por registrar parte importante do patrimônio histórico do Rio de Janeiro.
Lançou um livro com imagens do Palácio das Laranjeiras, solar histórico que atualmente é residência oficial do governador do Rio de Janeiro. Também lançou um livro com fotografias de fazendas da região cafeeira do Brasil Imperial.
A morte do fotógrafo foi lamentada pelos conselheiros e direção do Museu Nacional de Belas Artes, que destacaram a "trajetória singular" de Pedro Oswaldo Cruz universo das artes. Ao longo de sua carreira, ele participou de diversos projetos editoriais e exposições do museu.
"Pedro Oswaldo Cruz deixou um grande legado para as novas gerações. Neste momento de dor e perda nos solidarizamos com a sua família", informou, em nota, a direção do museu.
Pedro era neto do médico sanitarista Oswaldo Cruz, um dos pioneiros no estudo de doenças tropicais no Brasil e que foi fundador em 19990 do Instituto Soroterápico Federal, entidade que foi o embrião da Fundação Oswaldo Cruz.
Completando 120 anos, a fundação teve atuação fundamental no combate a epidemias de doenças como a varíola e a febre amarela no Brasil e tem papel central no enfrentamento à pandemia da Covid-19.
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