Cerca de 3,5 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS) não possuíam computadores em fevereiro de 2020, um mês antes do início da pandemia de coronavírus no Brasil. Foi o que indicou a 7ª edição da pesquisa TIC Saúde, feita pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic br), ligado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). O estudo reúne dados sobre uso da internet nos estabelecimentos de saúde no país e foi divulgado na terça-feira (21).
O levantamento foi realizado entre julho de 2019 e fevereiro de 2020. Em geral, a pesquisa observou que os estabelecimentos com menor acesso a internet são os públicos, onde 92% possuem computador e 85% acesso a internet. Na rede privada, o número de ambos os indicadores é 99%.
A informação dos pacientes também precisa dessa infraestrutura para poder ser registrada eletronicamente. Nesse aspecto, a diferença regional, observada nos indicadores, revela que apenas as Regiões Sul e Sudeste têm mais de 80% dos estabelecimentos com o registro eletrônico de dados.
As Unidades Básicas de Saúde (UBS), postos públicos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS), tiveram um pequeno aumento na informatização em comparação com 2018, totalizando 82% das unidades com conexão de internet. Mas, segundo o estudo, 3,5 mil das UBS ainda não possuem computador e 7,2 mil não tinham acesso à internet. Na pesquisa, foram consideradas 109 mil UBS no Brasil.
A forma como a tecnologia é utilizada também foi analisada Em 2019, cerca de 78% das UBS possuíam sistema eletrônico para registro dos pacientes, um avanço em relação a 2018.
"Ainda que o cenário nessas unidades de saúde tenha melhorado, existe uma parcela significativa de UBS sem acesso à internet", disse Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br. "Isso é relevante em um momento em que enfrentamos a pandemia e precisamos, mais do que nunca, que esses estabelecimentos estejam conectados".
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