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Nunes, Boulos e Datena abrem mão de debate por causa de Marçal

Nunes, Boulos e Datena abrem mão de debate por causa de Marçal

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e José Luiz Datena (PSDB) não comparecerão a debate por causa da postura de Pablo Marçal (PRTB)

Publicado em 19 de agosto de 2024 às 13:02

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Datena é internado com Covid-19
José Luiz Datena é um dos candidatos à prefeitura de São Paulo e não participarã dos debates. (Marcus Leoni/Folhapress)

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e José Luiz Datena (PSDB) decidiram não comparecer ao debate promovido pela Veja, nesta segunda-feira (19), após o incômodo das suas equipes com a postura de Pablo Marçal (PRTB) nos debates anteriores.

O debate contará, a princípio, com Tabata Amaral (PSB) e Marçal. O prefeito vai participar, no mesmo horário, de um evento promovido pela Jovem Pan sobre segurança alimentar. Já Boulos fará gravações para o horário eleitoral. E Datena vai visitar comércios na zona leste.

Boulos e Nunes foram alvos do influenciador, que distribuiu ataques e fake news nos dois eventos passados. Datena, por sua vez, já estava reavaliando sua participação na série de debates e sabatinas —sua equipe pretende fazer uma exposição comedida de sua imagem durante a campanha. O apresentador, inclusive, admitiu ter tido um desempenho aquém do esperado no primeiro debate.

Logo após o último debate, na segunda-feira (12), as equipes de Nunes, Boulos, Tabata e Datena conversaram sobre estratégias para enquadrar Marçal e cogitaram se ausentar em alguns debates —a avaliação comum era a de que ele não estava seguindo as regras impostas pelos organizadores.

As equipes se insurgiram contra o que consideram desrespeito aos acordos pré-debate, como o veto à exibição de objetos e a gravações privadas por assessores durante o programa.

Naquele debate, por exemplo, Marçal levou ao palco uma carteira de trabalho para exibi-la ao deputado do PSOL, que saiu com a imagem arranhada após tentar pegar o objeto das mãos do influenciador.

Boulos, um dos mais afetados pela postura agressiva de Marçal, disse no fim de semana que estava avaliando a participação no evento desta segunda. Ele reforçou a cobrança por mais discussão de propostas, em um ambiente "sem baixaria" e com respeito às regras.

A equipe da campanha do PSOL vinha demonstrando descontentamento com o fato de os dois debates anteriores terem se transformado em uma espécie de palanque para o tom populista do influenciador.

Na estreia de sua campanha de rua, o candidato do PSOL falou, após ser questionado sobre os ataques de Marçal, que não iria "cair em jogo rebaixado de quem quer fazer da eleição um vale tudo de quem quer rolar na lama".

A frente jurídica da campanha de Boulos reagiu e acionou a Justiça contra o que considera mentiras de Marçal sobre o deputado, como a afirmação de que seria "cheirador de pó" e outras associações enxergadas como de cunho difamatório.

O Ministério Público Eleitoral pediu que a Polícia Federal investigue o representante do PRTB sob a suspeita de espalhar fake news contra o adversário apoiado por Lula (PT).

No fim de semana, Boulos obteve vitórias contra o influenciador na área jurídica. A Justiça Eleitoral concedeu ao candidato do PSOL direito de resposta nas redes sociais de Marçal depois de o adversário tê-lo associado, sem apresentar provas, ao consumo de droga.

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