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Ocupação de UTIs supera 90% e RJ amplia leitos, diz Secretaria de Saúde

Ocupação de UTIs supera 90% e RJ amplia leitos, diz Secretaria de Saúde

O percentual de vagas ocupadas por pacientes graves de covid-19 começou o mês de março em 88% e, apesar da abertura de novos leitos, se mantém acima desse patamar

Publicado em 9 de março de 2021 às 15:05- Atualizado há 4 anos

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A ocupação de UTIs é de 91% na rede pública da capital
A ocupação de UTIs é de 91% na rede pública da capital . (Foto de Anna Shvets/ Pexels)
Agência Brasil
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Depois de ter atingido 93% ontem (8), a taxa de ocupação das unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para Covid-19 na rede pública do município do Rio de Janeiro era de 90% nesta terça-feira (9), segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

O percentual de vagas ocupadas por pacientes graves de Covid-19 começou o mês de março em 88% e, apesar da abertura de novos leitos, se mantém acima desse patamar.

Diante do aumento da demanda, a SMS converteu ontem 10 leitos de enfermaria do Hospital Municipal Ronaldo Gozolla para UTIs e abriu mais 58 leitos no Hospital Municipal Evandro Freire, sendo 29 de enfermaria e 29 de UTI. O município do Rio de Janeiro tinha ontem 507 pessoas internadas em UTIs por covid-19.

A alta nas internações também pode ser observada nos leitos de enfermaria. Em 1° de março, 66% dessas vagas estavam ocupadas, percentual que chegou a 80% hoje. Procurada pela Agência Brasil, a SMS informou que poderá abrir mais vagas se for necessário. Ontem, 616 pessoas estavam internadas em leitos de enfermaria por infecção pelo novo coronavírus na capital.

Medidas restritivas

A preocupação com os efeitos da pandemia levou a prefeitura a decretar medidas restritivas mais rígidas na última semana, o que inclui o fechamento do comércio, às 20h, e de bares, às 17h, além da proibição de permanecer em vias públicas entre 23h e 5h. Durante o anúncio, o prefeito Eduardo Paes explicou que o município pretende evitar um agravamento da situação semelhante ao que ocorre em diversos estados do país.

PANORAMA 

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertou na semana passada que 18 estados e o Distrito Federal haviam entrado na zona de alerta crítica de ocupação de leitos de UTI, com mais de 80% das vagas preenchidas.

Em alguns casos, como em Santa Catarina, a ocupação se aproximava dos 100%. O recrudescimento da pandemia de forma simultânea em vários estados fez com que pesquisadores classificassem o momento atual como o pior desde que o novo coronavírus chegou ao Brasil.

"A gravidade deste cenário não pode ser naturalizada e nem tratada como um novo normal. Mais do que nunca urge combinar medidas amplas e envolvendo todos os setores da sociedade e integradas nos diferentes níveis de governo", afirmou o Observatório Covid-19 da Fiocruz ao divulgar os dados, no último dia 3 de março.

Na época, o estado do Rio de Janeiro era uma das unidades da federação que se encontrava na zona de alerta médio, com 63% de UTIs ocupadas. Na atualização de ontem do painel de dados da Secretaria Estadual de Saúde, o percentual de leitos de UTI ocupados no estado chegou a 69,3%.

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