Uma oficial médica da Marinha foi baleada na cabeça dentro do Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins, zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta terça (10). Ela foi identificada por testemunhas como a capitão de mar e guerra Gisele Mendes de Souza e Mello. De acordo com relatos, ela estava saindo de uma formatura no local, quando começou um tiroteio no complexo do Lins, conjunto de favelas próximo à unidade. Ainda de acordo com testemunhas, Gisele foi baleada na cabeça e não havia orifício de saída do projétil.
Gisele foi socorrida e levada para a sala de cirurgia do hospital. Em nota, a Marinha informou que a militar foi baleada dentro de um dos prédios do hospital, enquanto ocorria uma operação da Polícia Militar e que o estado de saúde dela é grave. "A Marinha lamenta o ocorrido e se solidariza com os amigos e familiares da militar e informa que está prestando todo o apoio necessário para garantir a sua pronta recuperação", acrescentou.
A Polícia Militar afirmou que agentes da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Lins realizam uma operação no complexo. "Na comunidade do Gambá, os policiais foram atacados por criminosos. Posteriormente o comando da unidade recebeu informações sobre uma vítima ferida dentro do Hospital Marcílio Dias. O policiamento segue reforçado no local", disse.
A oficial ferida tem especialidade em geriatria e já atuou como diretora do Hospital Naval de Brasília, sendo uma das militares femininas mais antigas da corporação na ativa. Em março de 2023 ela foi destaque em uma homenagem no Comando do Sétimo Distrito Naval, em uma solenidade que teve como objetivo homenagear as mulheres da Marinha.
Em nota, a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) lamentou o caso e criticou a operação da PM. "Cobramos uma investigação rigorosa e imediata para esclarecer as circunstâncias do ocorrido e nos solidarizamos com a vítima, esperando sua pronta recuperação. A segurança da população não pode ser comprometida por operações que falham em garantir a integridade de todos", disse a deputada estadual Dani Monteiro (PSOL), presidente da comissão.
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