A OMS (Organização Mundial da Saúde) e a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) publicaram orientações sobre o uso de máscara em crianças. As entidades dividiram as indicações em três faixas etárias.
As organizações, porém, afirmam que são restritas as evidências de benefícios e malefícios do uso de máscaras em crianças para mitigar a transmissão da Covid-19. A maior parte dos estudos não trata diretamente do Sars-CoV-2.
O documento da OMS e da Unicef diz que a limitada evidência científica disponível aponta que crianças pequenas possivelmente têm menor susceptibilidade a serem infectadas, se comparadas a adultos. Mas os dados mostram que isso pode variar de acordo diferentes idades --crianças mais velhas, adolescentes, por exemplo, teriam um papel mais importante na disseminação.
As entidades afirmam que mais estudos prospectivos sobre uso de máscara em crianças e o papel dos jovens na transmissão do Sars-CoV-2 são necessários.
Veja abaixo orientações para diferentes faixas de idade:
Até essa faixa de idade, a OMS e a Unicef afirmam que as crianças não devem usar máscaras. A destreza necessária para uso adequado da máscara foi um dos pontos considerados para tal indicação.
As entidades também afirmam que alguns países indicam uma idade inferior para início de uso da máscara, mas que, nesses casos, é necessária a supervisão constante e direta da criança, principalmente se o uso tiver que ocorrer por muito tempo.
Destacam que crianças com deficiências cognitivas severas ou com graves problemas respiratórios que tenham dificuldades em tolerar a máscara não devem, sob nenhuma circunstância, ser obrigadas a usar o utensílio.
Dessa forma, as medidas para evitar contaminação nas crianças dessa faixa etária são o distanciamento social, higienização das mãos e limitação dos tamanhos das salas de aula.
Para decisão do uso de máscara nessa faixa etária, a OMS e a Unicef afirmam que é necessário fazer uma análise de risco, levando em conta a intensidade da transmissão na região e dados atualizados sobre o risco de infecção nessa faixa de idade.
Também devem ser consideradas normas sociais e culturais, a capacidade da criança de seguir as regras para uso adequado da máscara (assim como a supervisão adulta para tal), o potencial impacto do uso do item no aprendizado e no desenvolvimento psicossocial.
Deve-se também olhar para considerações e possíveis adaptações para casos específicos, como crianças com deficiências e com outras doenças.
Nessa faixa etária, as entidades orientam que as crianças e adolescentes devem seguir as mesmas indicações do uso de máscara em adultos.
A OMS e a Unicef destacam que não deve ser obrigatório o uso de máscara em crianças de qualquer idade com problemas de desenvolvimento, deficiências ou quaisquer outras questões de saúde que interfiram com o uso de máscara. Tais situações devem ser analisadas caso a caso por especialistas de saúde e educação.
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