O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, voltou atrás e desistiu de nomear Felipe Cascaes como consultor jurídico da pasta. A indicação havia provocado a fúria de advogados da União, uma vez que essa vaga é destinada a servidores da corporação.
Felipe Cascaes chegou ao governo pelas mãos do MDB de Eduardo Cunha, poucos dias após o afastamento de Dilma Rousseff (PT) da Presidência, em maio de 2016. Chegou a ser indicado a uma vaga no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), mas após a prisão de Cunha, em outubro de 2016, perdeu o apoio no governo e teve a candidatura retirada.
Graças a Onyx manteve-se no cargo do governo Bolsonaro, na assessoria jurídica do Planalto, e só perdeu o assento em março deste ano, um mês após o chefe ser destituído da Casa Civil.
Em maio foi agraciado comendador pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, junto com outros civis, como o delegado Alexandre Ramagem, que foi vetado pelo Supremo para chefiar a Polícia Federal no governo Bolsonaro.
A nomeação para a vaga de consultor jurídico da pasta de Onyx saiu no Diário Oficial na última quinta (17). No dia seguinte, a associação de advogados da União (Anauni) publicou uma nota de repúdio à indicação, sem citar o nome de Cascaes.
Nesta quarta (23), após questionamento feito pela reportagem, foi publicada uma nova nomeação do servidor, dessa vez para a assessoria especial de Onyx.
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