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Operação da PF faz Caixa Seguradora abrir investigação interna por fraudes

Operação da PF faz Caixa Seguradora abrir investigação interna por fraudes

Em nota, a companhia disse ainda que "se colocou à disposição da Justiça para colaborar com total transparência em todas as informações necessárias"

Publicado em 30 de novembro de 2020 às 13:27

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Agentes da PF trazem malotes apreendidos. A Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público Federal realiza a Operação Boeman, nesta quarta-feira (23)
Apuração da Polícia Federal que encontrou indícios dos crimes de gestão fraudulenta. (Andre Melo Andrade/Immagini/Folhapress)

A Caixa Seguradora informou que abriu um processo de investigação interna independente sobre fatos revelados nos autos da Operação Canal Seguro, a apuração da Polícia Federal que encontrou indícios dos crimes de gestão fraudulenta, desvio de valores de instituição financeira e lavagem de dinheiro envolvendo a corretora Wiz Soluções, que detém exclusividade na venda de seguros anunciados pela empresa pública.

Em nota, a companhia disse ainda que "se colocou à disposição da Justiça para colaborar com total transparência em todas as informações necessárias".

A Operação Canal Seguro, 13ª fase da Operação Descarte foi aberta na última quinta, 26, quando foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e decretado bloqueio de bens e valores dos investigados na ordem de R$ 27 milhões, além do afastamento dos diretores da Wiz.

Os investigadores apontam que, entre 2014 e 2016, os dirigentes da Wiz Soluções, Alexandre Siqueira Monteiro, Thierry Marc Claude Claudon e Camilo Godoy, teriam desviado valores que podem chegar a R$ 28,3 milhões através de pagamentos por serviços superfaturados ou que na verdade não foram prestados.

Estão sob suspeita contratos firmados com os escritórios de advocacia Claro Advogados e Calazans Advogados, do também delator Flávio Calazans de Freitas, e com as empresas Marthi Serviços Especializados de Apoio Administrativo, AM Consultores e Habseg Administração e Corretagem de Seguros. Parte deles teria sido intermediada pelo empresário Milton Lyra, apontado como operador do MDB, e pelo advogado Daniel Peixoto. O valor pago seria devolvido em espécie.

"Verdadeira organização criminosa estabelecida para gestão fraudulenta, desvios de valores de Instituição Financeira e branqueamento de capitais", diz a representação assinada pelo procurador Vicente Solari de Moraes Rego Mandetta e enviada no início de outubro à Justiça para obter autorização para a abertura da operação.

COM A PALAVRA A CAIXA SEGURADORA

"A Caixa Seguradora vem a público comunicar que instaurou processo de investigação interna independente para apurar as denúncias contidas em inquérito policial federal da Operação Descarte - Canal Seguro.

A companhia também se colocou à disposição da Justiça para colaborar com total transparência em todas as informações necessárias. A Caixa Seguradora é a maior interessada em esclarecer qualquer eventual ato ilícito porventura praticado por colaboradores ou por parceiros e tomará todas as medidas administrativas e legais para responsabilização dos eventuais envolvidos."

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