Os nomes Miguel e Helena se mantiveram firmes e fortes em 2021 entre as preferências do brasileiro na hora de escolher o nome do bebê. Pelo segundo ano consecutivo, essas foram as principais escolhas dos pais.
A lista é um levantamento anual da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen), com base em dados de 7.658 cartórios de registro civil do país. Em 2021, foram registrados 2.491.272 bebês.
Entre os meninos, os nomes mais escolhidos foram Miguel (28.301), Arthur (26.655) e Gael (23.973). Os dois primeiros aparecem no ranking dos cinco preferidos desde 2016, pelo menos.
Enquanto Miguel dominou a preferência dos pais nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, Arthur foi o mais escolhido no Norte e no Nordeste.
A lista de 2020 se repete neste ano, e a única surpresa fica por conta de Gael, que subiu da sétima posição para a terceira. O único nome composto do ranking é João Miguel (13.254), em 10º lugar.
Já entre as meninas, os nomes Helena (21.890), Alice (20.381) e Laura (18.448) estão no topo das preferências. A campeã de 2021 e de 2020 nem sempre foi unanimidade. Nos últimos cinco anos, ela já apareceu em nono lugar (2019), quinto (2018) e terceiro (2017).
Na divisão por regiões, Helena é a preferida no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Quem lidera no Norte é Laura e, no Nordeste, Maria Alice.
Em relação a 2020, as novidades são a entrada de Maria Alice (14.677) e Maria Cecilia (10.850), em quarto e oitavo lugares, respectivamente. Quem saiu do ranking foi Maria Eduarda e Lorena.
Os nomes compostos das meninas são dominados por Marias. Além de Maria Alice e Maria Cecilia, aparecem Maria Clara (10.980) e Maria Julia (10.235), em sétimo e nono lugares.
O apogeu e declínio de Enzo Gabriel e a dança de posições de Miguel e Helena mostram uma tendência cíclica, de acordo com Andreia Gagliardi, diretora da Arpen. Então, é possível que Gael tenha mais destaque no ranking de 2022.
Por falar em Gael, muitos pais se inspiram em novelas ou celebridades na hora de escolher como chamar o filho. No caso, esse é o nome de um dos filhos do ator e humorista Paulo Gustavo, que faleceu de Covid-19 em maio deste ano.
Andreia credita, também, a predominância de nomes religiosos à fé em meio à pandemia, o que explica as listas terem Maria, Miguel, Davi, Gabriel e Samuel.
A diretora da Arpen frisa que quem tem 18 anos pode alterar seu nome sem grandes burocracias diretamente no cartório.
Assim, pode-se por fim a anos de bullying ou mesmo ao fato de não gostar de como se chama. Depois dessa idade, a pessoa precisa recorrer a uma autorização judicial.
Desde 2018, pessoas transgênero têm a seu favor uma norma do Conselho Nacional de Justiça para alterar o próprio nome. A medida tornou o processo mais célere – são cinco dias, da solicitação à emissão da nova certidão de nascimento.
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