O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-AP), anunciou uma operação conjunta com o governo federal para encontrar uma solução para o auxílio emergencial. De acordo com o senador, as equipes irão avançar o feriado de carnaval para apresentar um benefício "matematicamente e economicamente possível".
Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo deve lançar uma nova rodada do auxílio por até quatro meses e a partir de março.
Pacheco relatou que recebeu um telefonema do ministro da Economia, Paulo Guedes, para alinhar o acordo.
O Senado pressiona por uma nova rodada do auxílio, mas sem compromisso imediato com corte de gastos.
O Ministério da Economia condiciona o auxílio à aprovação do Orçamento de 2021 e à votação de propostas fiscais em tramitação no Senado. O presidente do Senado, porém, avisou que a necessidade social não pode esperar a agenda econômica.
"Essa (agenda fiscal) é uma realidade, não vamos fugir dela. A outra realidade, que é realmente aflitiva, é o anseio das pessoas que estão vulnerabilizadas e estão necessitadas neste momento de ter o socorro do estado", afirmou Pacheco.
No ano passado, o auxílio foi criado por um projeto de lei aprovado no Congresso. Desta vez, os parlamentares cobram uma solução direta do Executivo. "Depois, numa eventualidade de não haver esse entendimento por parte do governo federal, nós vamos avaliar no momento oportuno", afirmou Pacheco, reforçando que por enquanto Legislativo e Executivo buscam um entendimento em comum.
Rodrigo Pacheco voltou a manifestar contrariedade com a criação de um imposto temporário para bancar o auxílio, conforme discutido anteriormente.
Para ele, um tributo é "inviável" no momento e deve ser debatido na reforma tributária. "O que nós precisamos pra já, urgentemente, é do auxílio emergencial ou um programa análogo que possa socorrer as pessoas independentemente da criação de novos tributos."
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