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Padilha toma posse como ministro da Saúde com foco em fortalecer programas

Padilha toma posse como ministro da Saúde com foco em fortalecer programas

Cerimônia de posse, realizada no salão nobre do Palácio do Planalto, nesta segunda (10), contou com a participação de diversos ministros, deputados e senadores

Publicado em 10 de março de 2025 às 16:51

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Sofia Aguiar, Gabriel Hirabahasi e Lavínia Kaucz

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empossou nesta segunda-feira (10) o novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que foi realocado da Secretaria das Relações Institucionais. A mudança faz parte da reforma ministerial que o chefe do Executivo realiza com foco em frear sua queda de popularidade e preparar a gestão para a reeleição petista em 2026.

A cerimônia de posse, realizada no salão nobre do Palácio do Planalto, contou com a participação de diversos ministros, deputados e senadores, além de outros convidados. O local, reservado para eventos com mais pessoas, ficou lotado.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de posse do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha
Lula dá posse ao novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. (Ricardo Stuckert/PR)

Padilha voltará a comandar a pasta que chefiou entre 2011 e 2014, durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff. Lula aposta que o traquejo político de Padilha sirva para alavancar os programas da área e melhorar a avaliação da gestão petista. Um de seus principais focos durante à frente da Saúde será fortalecer o Programa Mais Acesso a Especialistas. Ele substitui Nísia Trindade, que comandava a Saúde desde 2023.

Desde o início de seu terceiro mandato, o Ministério da Saúde era visto como uma das principais apostas de Lula para alavancar o governo com programas emblemáticos, como o Farmácia Popular, especialmente fazendo frente à gestão de Jair Bolsonaro, que ficou marcada pelas centenas de milhares de pessoas mortas durante a pandemia da covid-19.

Porém, a gestão Nísia foi alvo de diversos ataques, tanto de partidos do Centrão, que tinham interesse em assumir a pasta, quanto de próprios integrantes do governo, que avaliavam sua gestão como abaixo do esperado. A ministra era da cota pessoal de Lula, que a defendeu em diversas ocasiões. Em 25 de fevereiro, no entanto, o presidente anunciou sua demissão.

Assim como Nísia, Padilha também foi alvo de críticas durante a chefia da articulação política e já recebeu ataques do então presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), que chamou o ministro de "desafeto pessoal".

A oficialização das trocas nesta segunda-feira (10) busca mudar o perfil das pastas. Com Padilha na Saúde, Lula aposta em um tom político no ministério que impulsione os programas do governo. A avaliação em Brasília era de que faltava traquejo político para a Nísia administrar os interesses de congressistas sobre a pasta – experiência que Padilha acumula por já ter sido ministro da Saúde e das Relações Institucionais. O Ministério da Saúde é a pasta que mais executa emendas parlamentares, o que faz a estrutura ser desejada pelos principais partidos do Congresso.

Desde que foi anunciado como novo chefe do ministério, Padilha divulga diariamente seu trabalho na transição para a Saúde. Na semana passada, por exemplo, publicou no Instagram: "Estamos preparando tudo para iniciar essa missão à frente do Ministério, em busca do nosso objetivo de reduzir o tempo de espera para atendimento à saúde".

Formado em Medicina e doutor em Saúde Coletiva, Alexandre Padilha, de 53 anos, é deputado federal licenciado. Desde janeiro de 2023, chefiava a Secretaria de Relações Institucionais, pasta com status de ministério cuja atribuição é a articulação política entre Congresso e Palácio do Planalto.

Antes de chefiar o ministério da Saúde no primeiro governo de Dilma, Padilha havia sido diretor interino da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em 2004, e titular da Secretaria de Relações Institucionais entre 2009 e 2010. Após a gestão Dilma, foi secretário municipal de Saúde da cidade de São Paulo, de 2015 a 2016.

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