A ex-líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), reagiu neste domingo (20), aos ataques feitos pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) feitos neste sábado (19), em transmissão ao vivo pelas redes sociais. Em live no YouTube, Joice afirmou que não tem "nada a ver com cargo" nem com "rachadinha". "Olhe, meu amigo, quem gosta de cargo é você, é a turminha aí", respondeu, à crítica de Eduardo Bolsonaro de que ela perdeu 30 cargos na liderança do governo no Congresso.
Joice afirmou que das 30 vagas da liderança não preencheu "nem meia dúzia". A ex-líder do governo no Congresso afirmou também que abriu mão de ser presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara para ceder a função a outro partido e, assim, permitir que o PSL presidisse a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (Creden) com Eduardo Bolsonaro.
"Demos a Creden para ele para ele tivesse algum tipo de protagonismo. Senão, ia ficar chato o filho do presidente não ter nenhum protagonismo na Câmara, porque nunca teve", disse. "Eu não vou mentir, não vou enganar e não vou passar a mão na cabeça de moleque mimado porque eu trabalhei mais do que qualquer um dentro do PSL para o presidente da República", prosseguiu. Ela disse que é experiente na "arte de engolir sapo", mas que há limite.
A ex-líder acentuou que há uma "campanha orquestrada" contra ela e questionou se há dinheiro público envolvido. Joice afirmou que seguirá em frente como "pessoa honesta, decente, trabalhadora" e que nunca fez "negociata". "Eu continuo e vou continuar trabalhando para o Brasil. Vou continuar seguindo com a minha espinha ereta e o meu coração tranquilo."
A deputada do PSL de São Paulo afirmou que é possível o País dar certo, mesmo com essas "associações de crises nos últimos nove meses, uma atrás da outra". "Mesmo com aliados sendo fritos, mesmo com campanhas na internet para destruir reputações, igualzinho o PT fazia", apontou. Joice apregoou que "esse tipo de ação" será "deixada de lado" para a construção "de um grande Brasil, com gente séria e honesta, não com um bando de covarde, vassalo, capacho".
Ela argumentou ainda que tem o direito de divergir. "Se não eu não vivo numa democracia. Aí, (se não puder discordar) é ditadura, não é democracia." Joice afirmou que as pessoas não podem ser perseguidas, achacadas nem ameaçadas porque divergem.
A deputada do PSL comentou ainda a saída do ex-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Gustavo Bebianno. "Não concordei com a forma como o Bebianno foi sacado do governo. Eu disse isso ao presidente; foi falta de respeito, tentei fazer uma composição para que houvesse uma tranquilidade." De acordo com Joice, os aliados estão sendo transformados em inimigos.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta