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Para mudar política econômica, teria que mudar o ministro, diz Mansueto

Para mudar política econômica, teria que mudar o ministro, diz Mansueto

Secretário ressaltou que o teto de gastos e outras normas estão previstos na Constituição e que seria necessário mudá-las para alterar política fiscal

Publicado em 17 de junho de 2020 às 14:47

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Mansueto Almeida
Secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida,. (Geraldo Magela/Agência Senado)

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse que uma "virada" na política econômica não ocorreria com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo. "Para mudar política econômica, teria que mudar o ministro", afirmou, em entrevista ao portal UOL.

Ele ressaltou que o teto de gastos e outras normas fiscais estão previstos na Constituição e que seria necessário muda-la para alterar a política fiscal. "A única forma de mudança na agenda fiscal é mudar a Constituição", afirmou.

Na entrevista, Mansueto voltou a frisar a necessidade de reformas e disse que a tributária é prioritária para o crescimento.

CONTINUIDADE 

Depois de anunciar no fim de semana que sairá do cargo em agosto, o secretário do Tesouro Nacional disse que apoiou a escolha do futuro secretário, Bruno Funchal. De acordo com Almeida, o atual diretor de Programa do Ministério da Economia já sabia da possibilidade de ascender ao posto quando entrou no governo Jair Bolsonaro. "Bruno dará continuidade ao meu trabalhado baseado na âncora que é Guedes, Bolsonaro e o teto de gastos", afirmou.

Ele ressaltou que há prazo hábil para que seja feito um processo de transição tranquilo e que não cause ruído.

DÍVIDA PÚBLICA 

O secretário do Tesouro Nacional disse ainda que o órgão não está tendo problema para financiar a dívida pública brasileira. Ele afirmou que o foco tem sido no curto prazo porque a curva longa de juros está alta.

"O Tesouro não vai lançar título longo porque juros estão altos. O foco do financiamento da dívida pública será em títulos mais curtos", afirmou Mansueto.

Em relação à queda da participação de estrangeiros na dívida interna brasileira, Almeida acrescentou que esse é um movimento que vem desde 2015, seguindo a queda nos juros do país.

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