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'Parecia um raio', diz testemunha de queda de avião em Gramado

'Parecia um raio', diz testemunha de queda de avião em Gramado

O avião tinha 10 passageiros: o piloto e proprietário da aeronave, o empresário Luiz Claudio Galeazzi, e nove parentes dele. Não há sobreviventes

Publicado em 22 de dezembro de 2024 às 17:19

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GRAMADO, RS (FOLHAPRESS) - Moradores de casas vizinhas ao local onde caiu um avião de pequeno porte neste domingo (22) na cidade de Gramado (98 km de Porto Alegre), afirmam terem sido surpreendidos com o forte estrondo causado pelo acidente.

A aeronave caiu na manhã deste domingo nas margens da rodovia entre os municípios de Gramado e Canela, em uma região repleta de estabelecimentos comerciais, turísticos e gastronômicos.

O avião tinha 10 passageiros: o piloto e proprietário da aeronave, o empresário Luiz Claudio Galeazzi, e nove parentes dele, incluindo esposa e três filhas. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), informou que não há sobreviventes.

No início da tarde deste domingo, moradores e trabalhadores de estabelecimentos próximos ao local do acidente ainda tentavam entender a dimensão da tragédia.

Dez pessoas morreram na queda da aeronave em Gramado (RS)
Dez pessoas morreram na queda da aeronave em Gramado (RS) . (Evandro Leal/ Agência Enquadrar/ Folhapress)

O empresário Jairo de Oliveira, 41 anos, estava em casa, a cerca de 400 metros do local acidente, quando escutou o estrondo.

"Foi uma espécie de explosão. Um barulho que parecia um raio, pensei que fosse um prédio caindo, algo neste sentido", afirma

O motorista de aplicativo, Fabiano Peteffi Setti, 46, levava um casal de passageiros de Gramado para Canela quando o avião caiu a cerca de 500 metros do local onde trafegava. Ele conta que ouviu "um grande estrondo vindo do céu".

Ao ver os prédios atingidos e os destroços, diz que conseguiu perceber que se tratava da queda de uma aeronave. "Deu para entender rápido que se tratava de uma tragédia", conta.

Um trecho da rodovia RS-235 foi bloqueado e apresenta trânsito lento. Caminhões do Corpo de Bombeiros, caminhões–pipa e carros da Brigada Militar seguem mobilizados na região.

Segundo a testemunha, na hora os carros já pararam e começou a se formar o congestionamento pela avenida que liga as duas cidades da serra gaúcha.

A Brigada Militar e a Polícia Rodoviária Estadual orientam o fluxo de trânsito que, apesar de lento, está fluindo com a rodovia parcialmente liberada. O local próximo à tragédia está interditado com fitas de isolamento.

De acordo com o Governo do Rio Grande do Sul, as primeiras informações apontam que a aeronave bateu contra a chaminé de um prédio em construção, atingiu o segundo andar de uma casa e também uma loja de móveis. Destroços ainda atingiram parte de um hotel.

Ao menos 17 pessoas foram levadas a hospitais da região, com ferimentos ou por inalar fumaça. Duas estão em estado grave.

Segundo a Infraero, a aeronave de prefixo PR-NDN levantou voo às 9h15, no aeroporto de Canela (RS), e seguiria para Jundiaí, no interior de São Paulo.

A Secretaria da Segurança Pública do RS divulgou uma nota dizendo que o local está isolado pela Brigada Militar. A Polícia Civil investiga o caso. Ainda não há informações sobre as possíveis causas do acidente.

A (Força Aérea Brasileira disse, em nota, que investigadores do órgão regional do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), localizado em Canoas, foram acionados para realizar uma ação inicial envolvendo uma aeronave de matrícula PR-NDN.

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