SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O PSB, partido da candidata Tabata Amaral, protocolou na Justiça uma notícia crime nesta terça-feira (3) contra o adversário Pablo Marçal (PRTB).
No documento, o partido se baseia em uma reportagem publicada na Folha de S.Paulo segundo a qual o candidato tem ao menos R$ 135 milhões em empresas, aeronaves e imóveis fora da declaração do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A reportagem localizou empresas, imóveis e aeronaves em nome de Marçal e de suas pessoas jurídicas que não constam da declaração dele à Justiça Eleitoral. Há companhias que foram omitidas, e outras, subvalorizadas.
Na notícia crime protocolada, a defesa do partido afirma que as omissões atentam contra as exigências de transparência do patrimônio dos candidatos e ludibriam o "escrutínio público sobre o patrimônio - e principalmente a evolução patrimonial - daqueles que disputam cargos eletivos".
Diante dos fatos apresentados, o PSB solicita a apuração das condutas apresentadas a fim de analisar eventual falsidade ideológica eleitoral. A reportagem procurou a equipe de Marçal, que não comentou sobre a omissão de bens e nem sobre a notícia crime.
"Os fatos ganham ainda mais relevância no contexto das presentes eleições municipais de 2024", diz o documento que se refere a outro processo movido também pelo PSB, que acusa Marçal de usar de suas empresas para alavancar a capilaridade nas redes sociais por meio de pagamento de apoiadores para divulgarem seu conteúdo nas redes.
Além da notícia crime e da ação que culminou na queda das redes sociais de Marçal, o PSB também entrou com outra ação que acusa Marçal de usar dados obtidos com venda de cursos para disparo de emails.
Durante entrevista a rádio Eldorado, nesta quarta-feira (4), Tabata comentou sobre as ações que move contra Marçal e nega que as ações que move contra o candidato tenham efeito contrário, em que o eleitor tenha leitura de que ele é um candidato perseguido.
"Não cabe a mim tomar uma decisão judicial, se ele pode prosseguir ou não com as redes sociais", afirmou a candidata.
Ela afirma que "muita gente acha que Pablo Marçal tem esse tamanho nas redes sociais porque é brilhante, mas o Pablo Marçal tem muita influência em rede social porque tem muito dinheiro sujo correndo".
Além das ações, Tabata chamou atenção nas últimas semanas por publicar vídeos em que explica a relação de Marçal com o crime organizado.
O candidato entrou com uma notícia crime na terça-feira contra Tabata por calúnia e difamação. No documento, a campanha alega que o conteúdo é ofensivo e diz que durante todo o vídeo a candidata associa levianamente Marçal ao tráfico de drogas e a organizações criminosa.
Tabata comentou sobre a ação também durante a entrevista na manhã desta quarta e afirma que não deve interromper as denúncias contra ele.
"Ele está morrendo de medo porque as pessoas estão começando a descobrir quem ele é e está me agredindo de todas as formas, desde agressão na rua, robôs nas redes sociais e ações contra mim", diz a candidata.
A deputada federal ressalta que já enfrentou pessoas mais perigosas que o Marçal e não deve parar. "Se ele consegue me desestabilizar, eu não sirvo para ser prefeita de São Paulo. Enquanto ele for perigo para São Paulo, vou continuar defendendo."
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