> >
Partido vai à Justiça contra Marçal por omissão de ao menos R$ 135 milhões ao TSE

Partido vai à Justiça contra Marçal por omissão de ao menos R$ 135 milhões ao TSE

PSB protocolou notícia-crime na terça-feira (3) contra influenciador segundo a qual ele omitiu montante milionário que possui em empresas, aeronaves e imóveis

Publicado em 4 de setembro de 2024 às 18:03

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O PSB, partido da candidata Tabata Amaral, protocolou na Justiça uma notícia crime nesta terça-feira (3) contra o adversário Pablo Marçal (PRTB).

No documento, o partido se baseia em uma reportagem publicada na Folha de S.Paulo segundo a qual o candidato tem ao menos R$ 135 milhões em empresas, aeronaves e imóveis fora da declaração do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A reportagem localizou empresas, imóveis e aeronaves em nome de Marçal e de suas pessoas jurídicas que não constam da declaração dele à Justiça Eleitoral. Há companhias que foram omitidas, e outras, subvalorizadas.

Na notícia crime protocolada, a defesa do partido afirma que as omissões atentam contra as exigências de transparência do patrimônio dos candidatos e ludibriam o "escrutínio público sobre o patrimônio - e principalmente a evolução patrimonial - daqueles que disputam cargos eletivos".

Diante dos fatos apresentados, o PSB solicita a apuração das condutas apresentadas a fim de analisar eventual falsidade ideológica eleitoral. A reportagem procurou a equipe de Marçal, que não comentou sobre a omissão de bens e nem sobre a notícia crime.

"Os fatos ganham ainda mais relevância no contexto das presentes eleições municipais de 2024", diz o documento que se refere a outro processo movido também pelo PSB, que acusa Marçal de usar de suas empresas para alavancar a capilaridade nas redes sociais por meio de pagamento de apoiadores para divulgarem seu conteúdo nas redes.

Além da notícia crime e da ação que culminou na queda das redes sociais de Marçal, o PSB também entrou com outra ação que acusa Marçal de usar dados obtidos com venda de cursos para disparo de emails.

Durante entrevista a rádio Eldorado, nesta quarta-feira (4), Tabata comentou sobre as ações que move contra Marçal e nega que as ações que move contra o candidato tenham efeito contrário, em que o eleitor tenha leitura de que ele é um candidato perseguido.

"Não cabe a mim tomar uma decisão judicial, se ele pode prosseguir ou não com as redes sociais", afirmou a candidata.

Ela afirma que "muita gente acha que Pablo Marçal tem esse tamanho nas redes sociais porque é brilhante, mas o Pablo Marçal tem muita influência em rede social porque tem muito dinheiro sujo correndo".

Além das ações, Tabata chamou atenção nas últimas semanas por publicar vídeos em que explica a relação de Marçal com o crime organizado.

Calúnia e difamação

O candidato entrou com uma notícia crime na terça-feira contra Tabata por calúnia e difamação. No documento, a campanha alega que o conteúdo é ofensivo e diz que durante todo o vídeo a candidata associa levianamente Marçal ao tráfico de drogas e a organizações criminosa.

Tabata comentou sobre a ação também durante a entrevista na manhã desta quarta e afirma que não deve interromper as denúncias contra ele.

"Ele está morrendo de medo porque as pessoas estão começando a descobrir quem ele é e está me agredindo de todas as formas, desde agressão na rua, robôs nas redes sociais e ações contra mim", diz a candidata.

A deputada federal ressalta que já enfrentou pessoas mais perigosas que o Marçal e não deve parar. "Se ele consegue me desestabilizar, eu não sirvo para ser prefeita de São Paulo. Enquanto ele for perigo para São Paulo, vou continuar defendendo."

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais