O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou nesta sexta-feira (18) que partidos de esquerda aderiram ao seu bloco que lançará um candidato à sucessão no comando da Casa.
Na semana passada, o grupo político de Maia já reunia seis partidos (PSL, MDB, PSDB, DEM, Cidadania e PV), que somam 159 deputados.
Nesta sexta, PT, PSB PDT, PC do B e Rede se uniram ao bloco, que passa a ter mais de 280 deputados.
O anúncio foi feito por Maia ao lado dos principais postulantes a candidato do bloco: Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Baleia Rossi (MDB-SP).
Há, no entanto, dissidências. A ala do PSL mais ligada ao governo, por exemplo, deve votar em Arthur Lira (PP-AL), líder do centrão e candidato preferido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Também há divergências dentro da esquerda. Uma parte da bancada do PSB, por exemplo, quer votar em Lira.
No anúncio, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que, apesar de aderir ao bloco, o partido tentará construir apoio para que o candidato do bloco seja das siglas de esquerda.
Aliados de Maia não conseguiam um consenso sobre quem deveria ser o adversário de Lira, que lançou a candidatura na quarta (9). Maia se dedicou nos últimos dias a articular com a oposição a Bolsonaro.
O PSOL não quis se unir ao grupo. A sigla tem a intenção de lançar um candidato próprio. Em caso de segundo turno, a campanha de Maia espera conseguir o apoio do PSOL.
O voto é secreto. Por isso, a adesão de partidos a blocos não significa a garantia de votos. São necessários 257 do total de 513 para eleger quem comandará os deputados pelos próximos dois anos.
Maia tentou atrair ainda o Republicanos, que tem 31 deputados, mas o partido decidiu apoiar a candidatura de Lira.
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