As críticas do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ao papel dos militares na administração da epidemia do novo coronavírus no Brasil intensificaram a resistência, nas Forças Armadas, à presença do general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde.
Mendes afirmou, no sábado (11), que o Exército estaria se associando a um "genocídio" no Brasil por causa da má administração da pasta.
A pressão para que Pazuello deixe o ministério, ou então passe para a reserva, desvinculando-se da força, já existia, e agora se intensifica.
No Exército, a impaciência é geral. Um dos militares que integram a cúpula da organização afirmou à reportagem que Pazuello já deveria ter se retirado da ativa e que está "forçando a barra" ao permanecer.
A situação, diz o militar, é desconfortável e faz com que o Exército fique "tomando pedrada de rebote", como a que foi atirada agora por Gilmar Mendes.
O general não apenas simboliza a presença do Exército na pasta como nomeou 28 militares ?a metade deles, da ativa ?para cargos que eram antes ocupados por técnicos em saúde.
A afirmação de Gilmar Mendes também gerou, por outro lado, reação contrária a ele na cúpula das Forças Armadas.
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, entrará com uma representação na PGR contra o magistrado.
Ele também assinou uma nota junto com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica repudiando as afirmações.
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