O PDT encaminhou representações a Ministérios Públicos estaduais solicitando a instauração de inquéritos que apurem a politização dos oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros nos estados.
A legenda também solicitou medidas judiciais contra a realização de manifestações coletivas de PMs e bombeiros no dia 7 de setembro, quando estão previstos atos de apoio ao governo Jair Bolsonaro.
"Não se trata de meros casos isolados de organização política, mas de uma articulação ampla e nacionalizada, em todas as regiões do país, com o fito de mobilizar contingentes militares para sair às ruas contra as instituições democráticas", afirma o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, em ofício.
A indisciplina de polícias é um dos maiores temores de governadores, que já viram o presidente Jair Bolsonaro dar apoio a amotinados na PM do Ceará e policiais atacarem sem ordem manifestantes contrários ao presidente em Recife.
"Omitindo-se os órgãos de controle diante de um contexto de alerta nacional e deterioração das instituições, está-se a assumir o risco de permitir, no próximo dia 7 de setembro, uma manifestação coletiva e antidemocrática de militares, que marcharão ao lado da militância que pede, justamente, uma intervenção militar no país", diz o PDT nas representações.
Em reunião do Fórum dos Governadores na segunda-feira (23), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), alertou seus colegas sobre o risco de infiltração bolsonarista nas polícias estaduais.
Doria comentava e defendia o afastamento do coronel Aleksandro Lacerda, comandante de sete batalhões de Polícia Militar do interior paulista, que no fim de semana fez postagens convocando amigos para o ato bolsonarista que foi marcado pelo presidente para o 7 de Setembro.
O policial atacou o STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e chegou a chamar Doria de "cepa indiana".
O governador do Maranhão, Flávio Dino, endossou as afirmações de Doria e disse que os governadores precisam manter as polícias dentro da legalidade.
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