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PDT anuncia apoio a candidato de Alcolumbre e Bolsonaro no Senado

PDT anuncia apoio a candidato de Alcolumbre e Bolsonaro no Senado

Rodrigo Pacheco é senador pelo DEM de MG e concorre contra Simone Tebet, do MDB de Mato Grosso do Sul

Publicado em 14 de janeiro de 2021 às 15:00- Atualizado há 4 anos

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Senador Rodrigo Pacheco
Senador Rodrigo Pacheco tem apoio de partidos à esquerda e à direita para comandar a Casa, mas tem concorrente. (Marcos Oliveira/Agência Senado)

O PDT anunciou nesta quinta-feira (14) seu apoio ao candidato Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na corrida pela presidência do Senado, oferecendo ao senador mineiro um número de votos que, em tese, é suficiente para ele vencer a disputa – desconsiderando possíveis traições dentro das siglas.

Pacheco é o nome do atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que se engajou na articulação para fazer seu sucessor. O presidente Jair Bolsonaro já havia informado sua preferência pelo senador em reunião interna e, nesta semana, afirmou publicamente ter "simpatia" pelo candidato.

O senador já tinha o apoio de oito bancadas – DEM, PL, PP, PROS, PSC, PSD, PT e Republicanos – , que reúnem 38 votos. O PDT tem mais 3 senadores, o que daria a Pacheco os 41 votos necessários para vencer a eleição para a presidência da Casa – a maioria absoluta dos senadores.

Além disso, ele já teve apoios declarados em outros partidos, como parte da bancada do PSDB. Em tese, Pacheco contaria no momento com 44 senadores.

Como a votação é secreta, no entanto, é possível que haja traições ou mesmo que senadores revertam seus votos até o dia da eleição, no início de fevereiro.

Um senador do PP, Esperidião Amin (PP-SC), informou que vai votar na rival, Simone Tebet (MDB-MS).

A bancada do PSDB se dividiu em reunião na noite de quarta (13) e, por isso, o líder interino Izalci Lucas (PSDB-DF) decidiu liberar os senadores para votarem como desejarem.

Segundo Izalci, quatro dos sete senadores tucanos manifestaram intenção em votar em Rodrigo Pacheco, enquanto três vão se manter com o MDB, que era a expectativa inicial. Os quatro que manifestaram apoio ao senador mineiro são Izalci, Roberto Rocha (PSDB-MA), Plínio Valério (PSDB-AM), e Rodrigo Cunha (PSDB-AL).

O apoio do PDT, partido de Ciro Gomes, foi confirmado em uma nota divulgada no fim da manhã desta quarta-feira.

A bancada afirma que o Brasil vive um momento difícil e que terá pela frente o desafio de "reencontrar o rumo correto para superar o desafio de conter a pandemia de coronavírus, proteger a população, recuperar a economia, estabelecer um mínimo de justiça social, garantir a estabilidade institucional e democrática e preparar um clima saudável e equilibrado para as eleições de 2022".

O texto também afirma que o Congresso necessita de uma condução firme, independente, coerente, porém serena, madura e que atenda aos interesses do país.

"O PDT considera que o senador Rodrigo Pacheco reúne as características acima citadas e, portanto, tem as melhores condições de liderança para exercer o papel de presidir a Casa. Assim, a bancada do PDT no Senado Federal decidiu apoiar o senador Rodrigo Pacheco (DEM) para a presidência da nossa Casa Legislativa", afirma o texto.

A nota, no entanto, afirma que o apoio não representa um alinhamento automático da bancada do partido com as pautas defendidas por outras siglas que integram o bloco de apoio.

Pacheco conseguiu reunir em torno de si partidos de linhas ideológicas divergentes. No caso mais emblemático, obteve o apoio do presidente Jair Bolsonaro, do partido Republicanos --partido de seu filho mais velho, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ)-- e também do PT.

O partido afirma que vai manter uma posição de "independência e oposição responsável" ao governo federal.

"Em todas as conversas com o senador Rodrigo Pacheco, o partido deixou claro que não abre mão da defesa de temas que considera fundamentais e sempre fizeram parte de sua história de luta, como a manutenção do estado democrático de direito, os ideais trabalhistas, a proteção à educação e saúde públicas de qualidade, o respeito aos direitos das minorias, com igualdade de oportunidades entre todos, independente do gênero, raça, credo ou origem, e a proteção dos mais vulneráveis", completa o texto.

No outro lado da disputa, a candidata Simone Tebet conseguiu angariar o apoio de duas bancadas, que reúnem 12 senadores, em seu primeiro dia de campanha oficial. Tebet havia sido anunciada como candidata do MDB em evento na tarde de terça-feira.

Além dos 15 membros da bancada, a maior do Senado, foi oficializado na tarde de quarta o apoio do Podemos (9 senadores) e do Cidadania (3) --embora os senadores tenham fechado questão, o anúncio só deve ser feito no sábado, por causa de problema de agenda dos parlamentares.

O apoio do Podemos, no entanto, não foi unânime e a bancada chegou a informar na nota que liberaria possíveis dissidências. Durante reunião virtual, indicaram que devem votar em Pacheco Romário (Podemos-RJ) e Marcos do Val (Podemos-ES).

PSDB

O golpe maior, no entanto, foi a perda do apoio do PSDB, uma bancada que figurava nos cálculos de seus aliados como uma adesão certa. Os tucanos contam com sete senadores.

Em reunião virtual, a bancada se dividiu, com uma parte dos senadores defendendo a candidatura de Pacheco, pois o contrário afetaria interesses desses parlamentares em suas bases regionais.

Ficaram do lado de Simone Tebet os senadores José Serra (PSDB-SP), Mara Gabrilli (PSDB-SP) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Com isso, Simone Tebet conta com o apoio de bancadas e senadores avulsos que contam 30 votos em seu favor --desconsiderando as intenções de Romário e Marcos do Val, que ainda não anunciaram publicamente.

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