Desde o início da semana, uma ocorrência policial envolvendo um casal e um morador de rua da região de Planaltina, no Distrito Federal, vem tomando conta das redes sociais e do noticiário. Câmeras de segurança registraram o momento em que o personal trainer Eduardo Alves, em fúria, agride o sem-teto após flagrá-lo mantendo relação sexual com sua esposa dentro de um carro.
As imagens mostram Eduardo batendo no veículo e tentando abrir as portas do carro. Quando conseguiu, Eduardo espancou o sem-teto de 48 anos. Desde então, a Polícia Civil passou a investigar a história. O personal alega que a esposa foi vítima de estupro. O morador de rua afirma que a relação foi consensual.
O caso aconteceu na noite de quarta-feira (9), no Jardim Roriz, em Planaltina, no Distrito Federal. No boletim de ocorrência, consta que a esposa, de 33 anos, saiu com a sogra para tentar ajudar o sem-teto, no entanto, durante o percurso, elas se separaram.
Como a esposa não voltou, o personal trainer Eduardo Alves saiu para procurá-la. No caminho, ele encontrou o carro da mulher estacionado e, quando se aproximou, viu que a companheira fazia sexo com o sem-teto.
Câmeras de segurança registraram o momento em que o marido começou a agredir o homem, já fora do veículo. Eduardo derrubou o sem-teto no chão, deu socos e chutes.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada para atender a ocorrência, inicialmente informada como sendo uma situação de estupro. Aos militares, os envolvidos apresentavam informações desencontradas sobre o ocorrido.
O sem-teto foi encaminhado ao hospital, assim como Eduardo. Os dois ficaram feridos durante a briga. A mulher também passou por atendimento médico, pois estava em estado de choque. Os três foram levados para o Hospital Regional de Planaltina, pelo Corpo de Bombeiros Militar do DF, que foi chamado ao local onde ocorreram as agressões.
O personal trainer foi liberado em seguida. Fotos, nas redes sociais, mostram uma pessoa que seria o morador de rua internado, mas o Hospital Regional de Planaltina não confirmou se é ele, nem o estado de saúde do sem-teto, ou se ele permanece hospitalizado.
Os envolvidos foram encaminhados à 16ª Delegacia de Polícia, em Planaltina. Eduardo prestou depoimento e foi liberado, assim como a mulher e o morador de rua. Na sequência, todos foram liberados. Aos policiais, Eduardo Alves contou que pensou que a esposa estava sendo estuprada pelo sem-teto. No depoimento, ele também afirmou que a mulher enfrenta problemas psicológicos.
No áudio que circula nas redes sociais, atribuído a mulher, ela disse que, inicialmente, foi abordada pelo sem-teto, que pedia dinheiro. Como ela não tinha, ele pediu para ver uma bíblia que o marido, o personal Eduardo Alves, havia dado para ela.
Em seguida, conforme os áudios dela, o sem-teto pediu um abraço, e os dois entraram no carro da mulher. Ela contou que o homem começou a fazer carinho no pé dela, e que falou para irem para outro lugar.
Conforme os áudios da esposa do personal trainer, nesse momento, ela decidiu marcar um encontro com o sem-teto, na rodoviária de Planaltina. A mulher diz ainda, nas gravações, que foi ao local combinado e que esperou pela chegada do homem.
Quando ele chegou, ela explica que os dois entraram no veículo e tiveram relações sexuais consentidas por ela. A mulher afirmou ainda que viu "imagens do marido e de Deus" no sem-teto, e que não havia ingerido drogas ou bebida alcoólica.
Nesta quinta-feira (17), Eduardo foi a público pela primeira vez e comentou sobre o caso que envolve ele, a esposa e o morador de rua. Preocupado com o estado mental da mulher, ele pediu que as pessoas parem de compartilhar "conteúdo ofensivo contra a honra da esposa".
"Vejo que os fatos têm sido transmitidos de maneira errônea, sendo que, no momento, a preocupação deveria ser a saúde dela, até porque a mesma encontra-se internada", diz o personal trainer, em trecho publicado pelo portal G1.
O personal trainer afirma que a mulher "sofreu violência sexual por um morador de rua" – apesar de a esposa dele ter admitido, em áudios e para a polícia, que o sexo foi consentido. Ele pediu ainda que as pessoas tenham empatia com a situação delicada.
O caso segue em investigação na 16ª Delegacia de Polícia, em Planaltina. A Polícia Civil não informou a linha de investigativa, que está em sigilo.
Com informações de O Globo, G1 e UOL
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