Quinze personalidades da televisão, música, literatura e das mídias sociais estão entre os signatários de um novo pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro, que será protocolado nesta segunda, 24, na Câmara dos Deputados. Entre os famosos estão a apresentadora Xuxa Meneghel, o influenciador digital Felipe Neto, o humorista Fábio Porchat e o comentarista esportivo Walter Casagrande Junior. Até esta segunda-feira, já são 117 pedidos protocolados contra o presidente.
O grupo representa o movimento "Vidas Brasileiras", que reúne pessoas sem vínculo partidário e pede a saída do presidente "por sua condução desastrosa no combate à pandemia da covid-19".
O pedido elenca um série de atos do presidente que estariam violando a Constituição e configurando crime de responsabilidade, como divulgação de informações falsas; o estímulo do uso de medicamentos sem eficácia para tratar a covid-19, como a cloroquina e a ivermectina; e a determinação do aumento de produção de hidroxicloroquina no laboratório do Exército.
O grupo cita ainda as aglomerações provocadas pelo presidente, o desestímulo do uso de máscaras e de medidas como a quarentena e o distanciamento social e o fato de Bolsonaro ter minimizado a importância da vacina. "A expectativa dos integrantes do movimento é mobilizar a sociedade civil em favor de uma pressão positiva para que este não seja mais um pedido de impeachment ignorado pelo presidente da Câmara", diz o movimento, em nota.
No domingo, 23, Bolsonaro participou de um ato com milhares de apoiadores aglomerados no Rio de Janeiro. Acompanhado pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e por pelo menos mais dez apoiadores - todos eles sem máscaras e sobre um carro de som apertado - o presidente discursou criticando prefeitos e governadores que decretaram confinamento durante a pandemia e afirmou que jamais colocará o Exército, que chamou de "seu", nas ruas para fazer lockdown.
No mês passado, Lira disse que 100% dos pedidos de impeachment apresentados até então contra Bolsonaro desde o primeiro ano de governo são "inúteis" para o que foram propostos. Em resposta a um pedido do deputado Henrique Fontana (PT-RS), o presidente da Câmara respondeu: "não cabe a esta Casa, neste momento, instabilizar (sic) uma situação por conveniência política de A ou de B. O tempo é o da Constituição, na conveniência e na oportunidade. Os pedidos de impeachment, em 100%, não 95%, em 100% dos que já analisei são inúteis para o que entraram e para o que solicitaram".
Quem são os famosos que assinam pedido de impeachment contra Bolsonaro:
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