A avaliação negativa do governo do presidente Jair Bolsonaro saltou de 31% em outubro para 50% em junho, registrando a pior série desde o início do mandato, junto com maio de 2020. A pesquisa aponta que metade dos entrevistados consideram a administração federal ruim ou péssima. A pesquisa é a nona consecutiva em que a tendência de alta se apresenta.
Apesar da piora na avaliação, outros aspectos do governo apontaram para uma melhora na percepção dos entrevistados. Entre os que afirmam que a economia está na direção certa, a porcentagem subiu de 26% para 29%. Os que dizem que está no caminho errado oscilaram de 63% para 60%.
Sobre o receio em relação à pandemia da Covid-19, caiu de 50% para 45% os que dizem estar com muito medo do surto da doença. É a primeira vez em que há um descolamento desses dois indicadores em relação à avaliação do presidente, que tinham tendências coincidentes até então.
Os número dos que veem como "ótima ou boa" a ação do presidente no combate à Covid-19 se manteve estável em relação ao mês anterior, em 22%. Enquanto isso, para 47%, a perspectiva para o restante do mandato de Bolsonaro é "ruim e péssimo".
Foram realizadas mil entrevistas, de abrangência nacional, entre os dias 7 a 10 de junho. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais
Os entrevistados foram perguntados também sobre a realização da Copa América no Brasil. Conforme a pesquisa, 64% são contrários e 29% são favoráveis. Na avaliação da XP, os resultados mostram uma divisão na opinião a partir da aprovação do presidente. Entre os que têm visão negativa de Bolsonaro, 83% reprovam o torneio. No outro grupo, 58% aprovam a realização da copa no Brasil.
Se a eleição para presidente da República fosse realizada hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pontuaria 32% no primeiro turno, contra 28% do atual mandatário, Jair Bolsonaro (sem partido). E num eventual segundo turno, o petista venceria o pleito por 45% contra 36% de Bolsonaro. A pesquisa foi feita nos dias 7, 8, 9 e 10 de junho, com margem de erro de 3,2 pontos percentuais.
Com relação à pesquisa divulgada no mês passado, Lula subiu nas projeções de primeiro turno 3% e Bolsonaro recuou 1%, ambos dentro da margem de erro. Na mostra de hoje, Ciro Gomes (PDT) foi quem mais recuou, passando de 9% para 6%. O ex-ministro da Justiça Sergio Moro oscilou um ponto para menos, de 8% para 7%, assim como o apresentador Luciano Huck, que passou de 5% para 4%. O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), mantiveram o mesmo porcentual, de 3%.
Mas simulações de segundo turno, que indica a abertura de vantagem de Lula - fora da margem de erro -, na pesquisa de maio, o petista registrava 42% e agora pontua 45%, enquanto Bolsonaro caiu - também fora da margem de erro - de 40% para 36%.
Nessas simulações de segundo turno, Bolsonaro aparece na mostra de hoje também atrás de Ciro Gomes. O pedetista pontua 41% contra 37% do atual mandatário. Se a disputa do segundo turno fosse realizada hoje, Bolsonaro empataria com seu ex-ministro da Justiça Sergio Moro, ambos com 32%. Contra Luciano Huck, Bolsonaro teria 37% e o apresentador da Globo 34%. Na eventual disputa de segundo turno contra João Doria (PSDB), Bolsonaro teria 39% e o tucano 33%.
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