BRASÍLIA - A Polícia Federal cumpre na manha desta terça-feira (5) mandados de busca e apreensão contra suspeitos de financiarem e fomentarem os ataques contra os três Poderes em 8 de janeiro.
É 16ª fase da operação Lesa Pátria, que mira os financiadores, executores, autoridades omissas e autores intelectuais dos ataques golpistas praticados por bolsonaristas.
São cumpridos 53 mandados que miram pessoas que financiaram, principalmente, os ônibus que transportaram os golpistas até Brasília onde ouve a invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal Federal).
As medidas autorizadas pelo STF são cumpridas em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Ceará e Minas Gerais
Segundo a PF, também foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. "Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões", diz a PF.
Caso confirmadas as suspeitas, os alvos podem ser enquadrados nos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
A PF segue atualmente quatro frentes de investigação abertas após os atos de 8 de janeiro.
Uma delas mira os possíveis autores intelectuais, e é essa frente que pode alcançar Bolsonaro. Outra pretende mapear os financiadores e responsáveis pela logística do acampamento e transporte de bolsonaristas para Brasília.
O terceiro foco da investigação da PF são os vândalos. Os investigadores querem identificar e individualizar a conduta de cada um dos envolvidos na depredação dos prédios históricos da capital federal.
A quarta linha de apuração avança sobre autoridades omissas durante o 8 de janeiro e que facilitaram a atuação dos golpistas.
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