A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (2) em Maringá, norte do Paraná, um suspeito por atos preparatórios de terrorismo.
Segundo a apuração, o jovem, que não teve a identidade revelada, mantinha contato direto com radicais islâmicos no exterior e pretendia viajar para o Iraque para integrar organizações terroristas.
As investigações apontam que o suspeito foi recrutado por meio virtual e passou a assumir uma visão religiosa "extremista e violenta", com potencial para provocar atos terroristas. Nas redes sociais, o jovem se identificava como professor de música, segundo a PF.
De acordo com a PF, ele gravou vídeos nos quais aparece encapuzado e "manifestava o desejo de executar mortes de inocentes em uma ação suicida". Nas imagens, ele exibia armas, munições, um rádio comunicador e cédulas de dólares, entre outros itens.
O próprio suspeito distribuiu esses vídeos em grupos nas redes sociais.
Com o suspeito foram apreendidos uma espingarda calibre 32 e várias artefatos que imitavam armas de fogo. Ele foi alvo de um mandado de prisão temporária, com duração de cinco dias.
Os atos foram enquadrados na Lei Antiterrorismo de 2016, já que, de acordo com a PF, o jovem possui treinamento para manusear armas, além de motivação (radicalismo religioso) e meios (armas e munições) para consumar os atos. As penas previstas para esse tipo de crime podem chegar a 30 anos de prisão.
Segundo a PF, o preso possui um extenso histórico de registros criminais, como posse de drogas e condenação por posse irregular de arma de fogo e tentativa de roubo. Ainda tramita contra ele uma ação penal por homicídio qualificado.
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