SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Projeto de Lei 1904/2024, conhecido como PL Antiaborto por Estupro, teve 6 milhões de visualizações no portal da Câmara dos Deputados, o maior número desde 2002 - o que equivale a 51% da repercussão do semestre. O projeto equipara o aborto feito após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio.
Os acessos incluem ficha de tramitação, notícias relacionadas e enquete - que recebeu mais de um milhão de votos. A maioria das pessoas se mostrou contrária à proposta.
O PL recebeu grande notoriedade na mídia e nas redes sociais, com celebridades e ativistas contrários e favoráveis a ele. Na internet, as principais hashtags acerca do tema eram #criançanãoémãe e #estupradornãoépai.
Nos canais da Câmara, 75% dos comentários eram negativos. Entre eles, alguns diziam que a pena seria "maior para quem aborta do que a pena de estupro". Houve também apoiadores que afirmaram que o "aborto é crime contra uma vida indefesa e inocente".
O projeto, escrito pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), havia sido aprovado na Câmara com urgência e iria direto para o Plenário sem passar pelas comissões da Casa. Mas o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que uma "comissão representativa" será criada para debater o tema no segundo semestre de 2024.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta