O governo Jair Bolsonaro tornou sem efeito na noite desta segunda-feira (9) nomeação feita pela secretária especial de Cultura, a atriz Regina Duarte.
Em edição extra do "Diário Oficial da União", a Casa Civil cancelou a indicação da assistente social Maria do Carmo Brant para o comando da secretaria de Diversidade Cultural.
Ela havia sido efetivada no cargo na manhã desta segunda-feira (9) e era uma escolha pessoal da atriz.
Segundo relatos feitos à reportagem, o cancelamento da nomeação pegou de surpresa a equipe da secretária.
Procurada, a assessoria de imprensa da secretaria especial informou que o cancelamento foi motivado por "entraves burocráticos", sem dar detalhes.
Em discurso de posse, na semana passada, a atriz ressaltou que tinha carta branca para escolher os integrantes da estrutura, mas foi advertida pelo presidente que ele tem poder de veto.
"Obviamente, em alguns momentos, eu exerço o poder de veto de alguns nomes. Eu já fiz em todos os ministérios. Até porque, para proteger a autoridade", disse.
Nesta segunda-feira (9), o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, criticou publicamente a atriz por ela ter usado o termo "facção" em uma entrevista ao Fantástico, da TV Globo.
Questionado pela reportagem sobre os motivos que o levaram a fazer publicamente a declaração, o ministro reconheceu que foi uma chamada de atenção.
Também nesta segunda-feira (9), o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, publicou em sua conta no Twitter um comentário irônico dirigido à atriz.
"Bom dia a todos, exceto a quem chama apoiadores de Bolsonaro de facção e o negro que não se submete aos seus amigos da esquerda de 'problema que vai resolver'", disse Camargo, em sua postagem.
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