O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, nomeou o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin para coordenar a equipe de transição de governo. A nomeação saiu no Diário Oficial da União desta sexta-feira (4), e oficializa o processo de troca de gestões. Alckmin vai desempenhar o Cargo Especial de Transição Governamental.
Na quinta-feira (3), o vice-presidente eleito teve as primeiras reuniões em Brasília com o atual governo. Nesta sexta, visitará o CCBB, onde ficará a equipe de transição a partir da próxima semana.
A futura gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme a lei, poderá indicar mais 50 nomes até 31 de dezembro. Integrantes do Planalto dizer esperar a lista até, no máximo, segunda-feira (7).
Desde terça-feira, o Palácio do Planalto realiza reuniões com AGU, CGU e Economia para tratar sobre transição. Nesta quinta, o secretário-executivo da Casa Civil, Jônathas Assunção, pediu aos outros ministérios que indiquem nomes para compor Gabinete de Apoio à Transição (GAT) - que auxiliarão os nomes de Lula a fazer um raio-X do Executivo federal.
A Casa Civil convocou uma reunião com todos os indicados, por parte do governo, para sexta-feira (4).
Alckmin chegou até mesmo a conversar com o presidente Jair Bolsonaro (PL), na véspera. Segundo ele contou a jornalistas, o chefe do Executivo disse que vai colaborar com a transição entre governos.
O encontro entre os dois ocorreu no gabinete do presidente, no terceiro andar do Palácio do Planalto, a pedido de Bolsonaro, após Alckmin sair de uma reunião com os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, e da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, para discutir a transição de governo.
"Foi positivo. O presidente convidou. Estávamos saindo já e [ele] reiterou o que disse o ministro Ciro Nogueira e o ministro general [Luiz Eduardo] Ramos da disposição do governo federal de prestar todas as informações, colaborações, para que se tenha uma transição pautada pelo interesse público", contou Alckmin.
O vice-presidente eleito foi questionado se Bolsonaro o parabenizou pela vitória, mas evitou responder a essa pergunta.
"O presidente fala depois o teor da conversa, mas foi em resumo reiterar os compromissos em relação à transição, pautada pela transparência, pautada pela continuidade dos trabalhos, pelo planejamento, pela previsibilidade", disse.
A declaração de Alckmin, que também é coordenador da transição pelo governo eleito, foi dada após reunião no TCU (Tribunal de Contas da União).
Mais cedo, no Palácio do Planalto, o vice de Lula afirmou que a reunião foi "proveitosa" e que a transição "já começou" e será instalada na próxima segunda-feira (7) no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília.
Depois do encontro com Ciro Nogueira, Alckmin concedia entrevista à imprensa no momento em que Bolsonaro chegou ao Planalto. O chefe do Executivo mandou avisá-lo que estava lá e gostaria de cumprimentá-lo.
O vice-presidente eleito então subiu até o gabinete presidencial, onde ficou com o chefe do Executivo por menos de dez minutos, a portas fechadas. Segundo relatos, Bolsonaro disse que sua equipe era bem-vinda e que deixariam tudo disponível para a transição.
Interlocutores do presidente contam que ele passou o dia em reuniões no Alvorada, mas que tinha a vontade desde cedo de cumprimentar o ex-governador de São Paulo. Por isso, foi ao Planalto, onde ficou por cerca de meia hora apenas.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta