Quase dois meses depois, a Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu o inquérito do caso de Henry Borel, menino que morreu aos 4 anos no apartamento onde morava com a mãe, a professora Monique Medeiros, 32, e seu namorado, o vereador Jairo Souza Santos, 43, conhecido como Dr. Jairinho.
Ambos foram indiciados por homicídio doloso (intencional) duplamente qualificado, por emprego de tortura e pela impossibilidade de defesa da vítima. Essa tipificação já havia sido indicada pelo delegado responsável, Henrique Damasceno, desde a prisão temporária do casal, em 8 de abril.
Agora, o relatório segue para o Ministério Público do Rio de Janeiro, que vai decidir se denuncia ou não os dois pelos mesmos crimes. O promotor que vem acompanhando o caso é Marcos Kac, que já chegou a negar em entrevista ao UOL a possibilidade de Monique ter sido dopada naquela noite, como ela afirma.
"Não me parece que uma pessoa dopada num determinado momento tivesse condições necessárias de levar o filho no colo, de tomar automóvel, de fazer manobra boca a boca, de prestar depoimento no hospital. Então acho que essa hipótese é muito, muito remota, muito, muito pouco provável", ele afirmou em 9 de abril, dia seguinte às prisões.
Questionado nesta segunda-feira (3) sobre qual é o entendimento da Promotoria, ele disse à reportagem que o órgão ainda não analisou o inquérito. "Vou receber todas as peças e analisar com calma", respondeu.
Henry foi morto na madrugada de 8 de março, dentro de casa na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio de Janeiro). Monique e Jairinho o levaram ao hospital, onde ele já chegou morto e com diversas lesões pelo corpo. O exame de necropsia mostrou que ações violentas causaram o óbito.
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