A Polícia Civil investiga suposta falsificação do medicamento Ozempic no Rio de Janeiro, após mulher de 46 anos ter sido internada no Hospital Copa D'Or na última quinta-feira (17). A mulher deu entrada no Hospital Copa D'Or, no Rio de Janeiro, apresentando um quadro clínico de difícil identificação. Ela foi atendida e recebeu alta no dia seguinte.
A paciente faz tratamento com Ozempic. O medicamento, aprovado pela Anvisa para o controle glicêmico de pacientes com diabetes tipo 2, também é usado para controle de obesidade. Em nota, o hospital informou que a fabricante do Ozempic havia emitido um alerta recentemente sobre possíveis casos de falsificação. Assim, houve a suspeita que a paciente poderia ser uma vítima. O hospital acionou as autoridades responsáveis. A Polícia Civil investiga o caso.
A farmácia onde a mulher comprou o medicamento foi vistoriada. A fiscalização foi realizada na última segunda-feira (21), por policiais civis e representantes da Ivisa-Rio (Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e Inspeção Agropecuária). Três caixas do medicamento foram apreendidas e o proprietário foi ouvido. A Ivisa-Rio informou que a farmácia recebeu autuação e interdição parcial para venda de medicamentos controlados.
A Novo Nordisk, fabricante do Ozempic, divulgou nota alertando sobre casos de falsificação do produto no Rio de Janeiro e em Brasília. "Há indícios de que canetas de insulina Fiasp FlexTouch foram readesivadas com rótulos de Ozempic possivelmente retirados indevidamente de canetas originais do medicamento."
Quem usa o medicamento deve ficar atento aos detalhes da caneta antes da aplicação, segundo a fabricante. "A caneta de Ozempic é de cor azul clara, com o botão de aplicação cinza. Já canetas de Fiasp são azuis escura, com botão laranja." A Novo Nordisk também alerta para o caso da embalagem do produto estar visivelmente alterada, em outro idioma, com apresentação diferente da registrada ou com informações incorretas sobre o produto.
A Anvisa alerta que já identificou três lotes de semaglutida (princípio ativo do Ozempic) falsificada:
"São sinais de desvios de qualidade ou de adulteração do produto: alterações de aspecto, cor, odor, sabor e volume ou presença de corpo estranho. Sempre que houver dúvida, o usuário deve entrar em contato com o serviço de atendimento do laboratório farmacêutico para checar as informações e origem do produto. A falsificação de medicamentos é crime e quando identificada deve ser encaminhada às autoridades policiais", declarou a Anvisa, em nota.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta