Políticos se manifestaram nesta segunda-feira (14) por ocasião dos quatro anos do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes. Publicações nas redes sociais, principalmente de nomes ligados à esquerda, cobram elucidação sobre quem teria sido mandante do crime - que ainda não foi solucionado.
O provável candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, classificou o homicídio como "brutal e político" e cobrou respostas sobre as investigações.
O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) lamentou o assassinato da vereadora e disse que o ocorrido causa vergonha ao país. Ele atribuiu a dificuldade de se chegar ao responsável pela ordem do crime a "forças poderosas", mas não deixou claro a quem se referia em seu texto.
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que foi candidato à Presidência da República no ano da morte de Marielle, destacou que, além de vereadora, ela era ativista dos direitos civis. O petista também cobrou esclarecimentos.
Manuela d'Ávila, vice na chapa de Haddad em 2018, lembrou que, durante a campanha daquele ano, o então candidato a deputado federal Daniel Silveira (à época no PSL) posou para uma foto segurando uma placa quebrada de rua com o nome da vereadora.
A deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) usou a data para relembrar, também, o assassinato de outras pessoas negras no Rio, como o vendedor de balas Hiago Bastos, morto por um policial em fevereiro.
O perfil oficial das Mulheres do PSOL, partido ao qual a vereadora era filiada, também fez uma publicação chamando para atos em homenagem a Marielle. "Por todo o Brasil, uma série de atividades estão marcadas para lembrar seu legado e que a luta por justiça continua", diz a postagem.
O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) acusou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de proteger o "Estado miliciano" do Rio, o que, segundo o parlamentar, engloba o mandante do assassinato.
A também deputada Erika Kokay (PT-DF) repetiu a tese de que a ordem do crime teria partido da milícia carioca, mas não mencionou o Planalto.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que esta segunda (14) "é um dia de dor, mas também de luta por justiça".
O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) também fez um apelo por justiça para o caso.
Como mostrou o Estadão, o Ministério Público do Rio (MP-RJ) tem revisitado o material colhido durante toda a investigação para ouvir novos depoimentos e reexaminar, com tecnologia mais moderna, os celulares aprendidos nas apurações. O policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz estão presos há três anos, acusados de serem os executores do crime. O julgamento de ambos ainda não foi marcado.
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