Depois da primeira semana de recuo na flexibilização, a Prefeitura de Belo Horizonte decidiu manter abertas apenas atividades consideradas essenciais. Um retorno à chamada fase de controle, do início da quarentena.
O prefeito Alexandre Kalil (PSD) se reuniu com comerciantes e empresários para discutir a questão, nesta quinta-feira (2), e ressaltou que nunca esteve em lado oposto a eles.
"Abrir o comércio neste momento é desesperador. Em Belo Horizonte, estamos muito próximos do achatamento da curva de contaminação que, no entanto, vem aumentando loucamente em Minas Gerais", afirmou.
Kalil foi alvo de protestos durante a semana, que pediam a reabertura do comércio. Segundo o prefeito, os efeitos do recuo na flexibilização, efetivado na última segunda, poderão ser avaliados na próxima semana. O período de incubação do novo coronavírus é estimado em até 14 dias.
A capital tem 7.144 casos confirmados e 158 mortes, de acordo com o boletim municipal desta quinta. A ocupação de UTIs reservadas para Covid-19 chegou a 87% na quarta, enquanto em leitos de enfermaria a taxa é de 73%.
No dia 25 de maio, quando BH iniciou a reabertura, a cidade tinha 1.444 casos e 42 mortes.
A reabertura depende dos números da epidemia e da ocupação de leitos, segundo ele - desde março, houve ampliação de 400% no número de leitos na capital mineira.
Até a próxima semana, a prefeitura deve analisar a proposta do Sindilojas-BH (Sindicato dos Lojistas), de abertura durante quatro dias da semana (terça a sexta-feira), entre às 11h e 19h. Serviços considerados essenciais seguiriam com funcionamento normal, adotando protocolos de segurança.
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