O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), foi afastado do cargo nesta terça-feira (19) por determinação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
A medida foi solicitada após o Ministério Público do estado detectar indícios de improbidade administrativa e irregularidades em investigação sobre a Secretaria Municipal de Saúde.
A Justiça determinou também o afastamento do cargo e a prisão temporária do chefe de gabinete do prefeito, Antônio Monreal Neto.
Em nota, o prefeito disse que está à disposição das autoridades e que recebeu com surpresa a decisão judicial que o afastou do cargo.
O prefeito também foi alvo de mandados de buscas e apreensões em residências e teve bens bloqueados.
O Tribunal de Justiça ainda determinou ainda buscas e apreensões e sequestro de bens da primeira-dama de Cuiabá, Márcia Aparecida Kuhn Pinheiro.
Os mandados fazem parte da Operação Capistrum, deflagrada na manhã desta terça pelo Ministério Público de Mato Grosso e pela Polícia Judiciária Civil do estado, por meio do Naco (Núcleo de Ações de Competência Originária) da Procuradoria-Geral de Justiça.
Também são alvos da operação o ex-coordenador de Gestão de Pessoas da Prefeitura, Ricardo Aparecido Ribeiro, e a secretária-adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos do município, Ivone de Souza, que foi afastada da função.
Como o processo tramita em segredo de Justiça, o Ministério Público não detalhou as irregularidades.
Também não foi informado se as investigações sobre a Secretaria de Saúde de Cuiabá têm relação com a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Medicamentos, que é realizada pela Câmara Municipal.
Vereadores apuram desde 10 de maio questões ligadas ao estoque de medicamentos vencidos da Prefeitura de Cuiabá.
Em nota, o prefeito disse que "recebeu com surpresa decisão que gerou afastamento de suas funções em razão de apuração por contratação irregular de servidores da Saúde em Cuiabá". Afirmou ainda que, "amparado pela transparência, o gestor público posteriormente irá se manifestar à população e imprensa".
O emedebista ainda disse que está à disposição da Justiça e dos investigadores para esclarecimentos.
A reportagem tenta contato com os demais envolvidos na operação.
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