O Carnaval 2021 na cidade de São Paulo será realizado somente a partir do mês de maio. A decisão foi anunciada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), nesta sexta-feira (24), durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na zona sul da capital.
Segundo Covas, a data específica e definitiva ainda não foi fechada, mas ele acredita que deverá ser entre o final de maio e o começo do mês de junho. O prefeito afirma que seguirá conversando com as agremiações que participam da organização da festa.
A data é válida tanto para os desfiles das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi, na zona norte da cidade de São Paulo, como para o Carnaval de rua que acontece com a presença de blocos em diversos bairros da capital.
A decisão leva em conta a pandemia do novo Coronavírus que tem impossibilitado, por exemplo, que as escolas de samba organizem ensaios nas quadras ou mesmo iniciem os trabalhos para a produção de fantasias e carros alegóricos. As agremiações costumam começar as atividades que envolvem o Carnaval com quase um ano de antecedência.
A mudança foi decidida após um pedido das escolas de samba. Nesta semana, o adiamento já havia sido discutido em um encontro, na segunda-feira (20), entre o presidente da Liga das Escolas de Samba dos Grupos Especial e de Acesso e a prefeitura.
Covas afirmou ainda que conversou com os blocos de rua para realizar a alteração da data da festividade na capital paulista.
"Discutimos [na reunião] que não temos condições de fazer o desfile em fevereiro. A proposta é fazer [os desfiles] em maio. Nossa prioridade é a saúde e a segurança de todos os componentes", afirmou à reportagem no início da semana o vice-presidente do Império da Casa Verde, Fabio Leite de Sousa, o Fabinho.
Outro motivo para pedir o adiamento é a falta de tempo para as escolas prepararem o Carnaval. Devido à quarentena, algumas ainda não definiram nem o samba-enredo para começar fazer as fantasias e alegorias.
Covas, na semana passada, já tinha afirmado que não seria possível realizar a festa no ínicio de 2021. Segundo ele, a preocupação não é só com o dia de desfiles no Sambódromo do Anhembi, mas também com os ensaios nas quadras das escolas de samba, que costumam reunir muitas pessoas.
O prefeito também anunciou a alteração de outros eventos na capital paulista. Marcha para Jesus, que teve a data alterada para o dia 2 de novembro, não deverá ocorrer de forma presencial. A Parada LGBTQI+, foi adiada para o final de novembro, no dia 29.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta