Mesmo com a expectativa de construção de mais 2.000 leitos de internação de baixa e média complexidades no Estádio do Pacaembu e no Complexo do Anhembi, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo visitou hotéis da cidade no fim de semana para avaliar a possibilidade de internar pacientes com o novo coronavírus em quartos do complexo hoteleiro da cidade.
A ideia veio a partir de sugestão de uma rede de hotéis, que depois se ampliou para outras redes. O principal entrave, segundo as primeiras avaliações, é a presença de carpetes nesses locais, tipo de piso que não pode ser limpo da forma que as instalações de saúde precisam ser para garantir a esterilização
Entretanto, um dos hotéis já foi requisitado. Todos os 700 quartos do hotel Holiday Inn do Complexo do Anhembi foram cedidos à Prefeitura, segundo o secretário de Saúde, Edson Aparecido. "Eles vão ser usados pelos profissionais que vão trabalhar no hospital de campanha que vai funcionar no Anhembi, caso o médico, o enfermeiro queira ficar hospedado lá", disse o secretário.
A avaliação da Prefeitura é de que é preciso reforçar a estrutura para que, daqui há duas semanas, quando a crise deve se agravar, haja ainda espaço para ampliar o atendimento caso a demanda por vagas seja ainda maior que os 2.000 leitos extras que serão montados no Anhembi e Pacaembu e os quase 500 leitos novos de UTI.
O prefeito Bruno Covas, que visitou as obras do hospital de campanha do Estádio do Pacaembu na manhã desta segunda-feira, 23, afirmou que cerca de R$ 2 bilhões que a Prefeitura tinha em caixa para obras neste ano devem ser transferidas para o enfrentamento do novo coronavírus.
Além disso, "com o decreto de calamidade pública, não precisaremos cumprir metas fiscais deste ano", disse o prefeito, ao afirmar que há recursos para a cidade enfrentar a doença.
Os hospitais de campanha devem começar a funcionar na semana que vem.
Procurada para detalhar os efeitos da medida, a rede de hotéis Holiday Inn não se manifestou até as 22h desta segunda-feira, 23
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