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Presidente da CPI diz que está claro que negociação com intermediários era mais rápida

Presidente da CPI diz que está claro que negociação com intermediários era mais rápida

Senador Omar Aziz pediu cautela e disse que a CPI "não pode errar", mas afirmou que os valores mencionados sobre as negociações para compra de vacinas são "estratosféricos"

Publicado em 30 de junho de 2021 às 13:54

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Omar Aziz em entrevista antes do início da sessão da CPI da Covid em 30/06/2021
Omar Aziz em entrevista antes do início da sessão da CPI da Covid. (Marcos Oliveira/Agência Senado)
RAQUEL LOPES E RENATO MACHADO

Antes de chegar para a abrir a sessão da CPI da Covid nesta quarta-feira (30), o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que está claro que a negociação para a compra de vacinas via intermediários era muito mais rápida, do que feita diretamente entre Ministério da Saúde e laboratórios.

"Está claro que comportamento do governo em relação a compra de vacina com intermediários era muito mais rápido do que quando a negociação era direta com laboratórios", afirmou.

As negociações via intermediário entraram no radar da CPI, que investiga a compra da vacina indiana Covaxin, feita através do laboratório brasileiro Precisa Medicamentos. As suspeitas foram reveladas pela Folha, após divulgação de depoimento do servidor Luís Ricardo Miranda ao Ministério Público Federal, no qual apontou pressão para liberar a importação da vacina indiana.

Aziz também comentou reportagem da Folha, na qual o representante da empresa Davati Medical Supply Luiz Paulo Dominguetti Pereira denuncia ter sido cobrado US$ 1 dólar por dose de vacina para que as negociações de compra da vacina AstraZeneca avançassem.

O senador pediu cautela e disse que a CPI "não pode errar". Mas afirmou que os valores mencionados são "estratosféricos", exorbitantes.

"Antes de você atirar as pedras, vamos analisar primeiro e depois sim ter uma posição concreta sobre os fatos", afirmou.

"Mas tem dados que eu li ontem numa matéria da Folha, da [repórter] Constança [Rezende], que [o representante da empresa ] almoçou com várias pessoas do governo. Vamos investigar, saber quem estava lá, o que estavam fazendo lá", disse.

"Se você fala de 400 milhões de doses, a um US$ 1 por dose [de pedido de propina], dá US$ 400 milhões, multiplica isso [pelo valor do dólar] e você vai ter um valor estratosférico", completou.

O presidente da CPI também criticou a postura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que vai decidir sobre a prorrogação das atividades da comissão apenas em agosto, apesar de o requerimento já contar com as assinaturas necessárias.

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