SÃO PAULO - O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edson Fachin, se reuniu nesta terça-feira (26) com 11 advogados do grupo Prerrogativas, um dos críticos mais contundentes de suas decisões à época da Lava Jato.
Alguns dos integrantes do coletivo chegaram a cortar relações pessoais com o ministro por discordar de suas sentenças em relação à operação - mas agora dizem deixar as diferenças de lado em nome da defesa da democracia e das instituições brasileiras.
No encontro, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral afirmou que o candidato que se sagrar vencedor por meio do sistema de votação será diplomado, que o resultado das urnas é soberano e que a corte trabalhará pela higidez e pela permanência do Brasil na quadra histórica da democracia.
Fachin também mostrou aos advogados um mapa das eleições no país e afirmou que a corte está preparada para conduzir o pleito a qualquer custo e a qualquer preço contra qualquer dúvida ou ataque.
Participantes da audiência desta terça-feira classificam a reunião como "memorável" pelas palavras contundentes usadas pelo ministro.
Estiveram na audiência com o ministro Edson Fachin os advogados Marco Aurélio de Carvalho, Lênio Streck, Alessandra Camarano, Gabriela Araujo, Marcelise Azevedo, Carol Proner, Mauro Menezes, Michel Saliba, Daniela Teixeira, Juliano Breda e Luiz Viana e a desembargadora aposentada Kenarik Boujikian.
Convidado pela direção da Faculdade de Direito da USP a comparecer ao evento em defesa da democracia que será realizado na instituição em 11 de agosto, o presidente do TSE disse aos advogados emissários que tentaria mexer em sua agenda para estar presente.
O magistrado ainda recebeu solidariedade do grupo Prerrogativas pelos ataques que ele e sua família vêm sofrendo por causa de sua atuação nas cortes superiores. A reunião tinha duração prevista de meia hora, mas acabou se estendo por uma hora e meia.
No encontro, os advogados do Prerrogativas fizeram um apelo para que os casos de violência política, de gênero e de raça que já ocorreram e ainda podem vir a ocorrer no país não sejam tratadas como episódios isolados.
O grupo ainda requisitou sua participação em um grupo de trabalho que deve acompanhar casos de violência nas eleições e reunirá, além do TSE, os Tribunais Superiores Eleitorais e entidades da sociedade civil.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta