RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o Brasil sairá novamente do mapa da fome até o fim do seu terceiro mandato, em 2026. Estudo da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) divulgado nesta quarta-feira (24) mostra que 8,4 milhões de brasileiros ainda convivem com o problema.
"Este é um compromisso do meu governo, acabar com a fome como fizemos em 2014", afirmou o presidente nesta quarta em evento de lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, em meio a encontro de ministros da Fazenda e presidentes do Banco Central do G20, no Rio de Janeiro.
O estudo da FAO mostra que o Brasil registrou avanços, principalmente na redução da insegurança alimentar, em relação ao triênio 2020-2022. O número de brasileiros nessas condições caiu de 70,3 milhões para 39,7 milhões.
Em seu discurso, Lula afirmou que o combate à fome é uma "decisão política".
"Nós, governantes, não podemos olhar o tempo inteiro só para quem está próximo de nós, é preciso que a gente consiga fazer uma radiografia e olhar aqueles que estão distantes", disse o presidente.
A iniciativa lançada pelo governo brasileiro prevê o compartilhamento de experiências e programas de combate à fome entre os países participantes, em busca de soluções adequadas às diferentes situações. O Brasil financiará metade do custo da estrutura administrativa do programa.
O estudo da FAO detectou dificuldades para retomar programas de combate à fome e à pobreza no mundo após a pandemia - numa perspectiva internacional, a fome permaneceu praticamente no mesmo nível durante os três últimos anos.
Entre 713 e 757 milhões de pessoas podem ter passado fome em 2023, diz o documento, o que equivale a 1 entre 11 pessoas no mundo. "O relatório traz uma mensagem de desalento", afirmou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
"Temos no mundo todos os recursos financeiros, a produção de alimentos. Só precisamos construir a disposição política, mobilizar esses recursos de forma consistente", continuou.
A aliança lançada nesta quarta, disse, tem como princípios a participação voluntária e aberta, foco na demanda, na ação prática e nas lições sobre como fazer, governança leve e eficaz, promoção da eficácia e da cooperação para o desenvolvimento e operação flexível.
"Em 2008, o G20 foi fundamental para evitar o colapso da economia mundial. Agora, os líderes mundiais têm diante de si a oportunidade de responder a esse outro desafio sistêmico. Precisamos de soluções duradouras e devemos pensar e agir juntos", acrescentou Lula.
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