O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse à reportagem que Ubiratan Cazetta, presidente da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), e Manoel Murrieta, da Conamp (Associação Nacional dos Membros do Ministério Público), não têm palavra.
Afirmou ainda que os deputados não vão mais sentar à mesa com eles para negociar mudanças na PEC que modifica a composição do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). Lira levou o texto à Câmara nesta quinta-feira (14), mas, por encontrar resistência no plenário dos deputados, pela segunda sessão, decidiu apenas discutir a matéria e marcar a votação para a próxima terça (19) -a proposta é criticada por deixar o CNMP mais suscetível à interferência política.
À reportagem, Lira afirmou, após receber um telefone da presidente do CNPG (Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União), que havia um acordo com os integrantes do Ministério Público.
Após a fala do deputado, Cazetta negou qualquer acordo em uma postagem no Twitter. "A ANPR não realizou acordo sobre a PEC 05 e mantém a posição oficial contrária à PEC 05. O CNPG não fala em nome das associações", disse ele.
Em resposta a Lira, Manoel Murrieta divulgou uma nota em que afirma que a "liberdade de opinião garantida aos cidadãos e estendida aos membros do Congresso" é uma conquista da democracia. Segundo ele, mesmo com a "intensa discussão" sobre o texto da PEC não há consenso e acordo sobre o texto final debatido pela Câmara.
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